Paraná - No próximo dia 27 de setembro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Doação de Órgãos, data instituída pelo Ministério da Saúde para conscientizar a população sobre a importância desse gesto de solidariedade que pode salvar vidas. De acordo com o órgão foram realizados mais de 30 mil transplantes em 2024 — números que tendem a crescer com o apoio da tecnologia notarial.
Desde abril de 2024, os cidadãos podem manifestar e formalizar sua vontade de doar órgãos de forma simples, gratuita e 100% digital, por meio da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO). Lançada pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF), em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério da Saúde, a AEDO já soma mais de 1.100 mil solicitações emitidas em todo o estado do Paraná, fortalecendo a política pública de transplantes no Brasil.
“A AEDO é um marco na história da cidadania no Paraná. Ao lado da Assembleia Legislativa e de tantas entidades parceiras, o CNB/PR tem levado este projeto para perto da população, transformando a doação de órgãos em um gesto acessível, seguro e juridicamente válido. Nosso compromisso é ampliar cada vez mais essa conscientização, porque cada autorização registrada significa esperança para milhares de famílias que aguardam na fila de transplantes”, informa o presidente do CNB/PR, Daniel Driessen Junior.
De acordo com o Ministério da Saúde, os transplantes mais realizados em 2024 foram o de rim (6.320 transplantes) e o de fígado (2.454), entre os sólidos, e o de córnea (17.107) e o de medula óssea (3.743) entre os líquidos.
Como funciona a AEDO
O processo é totalmente digital, realizado por meio da plataforma e-Notariado. O interessado acessa o site www.aedo.org.br, solicita gratuitamente um Certificado Digital Notarizado, realiza videoconferência com um tabelião de notas e assina eletronicamente o documento, escolhendo quais órgãos deseja doar.
A AEDO passa a integrar automaticamente a Central Nacional de Doadores de Órgãos, podendo ser consultada por profissionais de saúde credenciados no Sistema Nacional de Transplantes. O documento pode ser revogado a qualquer momento pelo cidadão.
Com mais de 42 mil pessoas na fila por um transplante no Brasil, a AEDO representa um instrumento poderoso de conscientização e engajamento. A data de 27 de setembro reforça essa mobilização nacional e destaca que a decisão de doar pode transformar vidas e oferecer esperança a milhares de famílias.
Paraná
Em 2015, o Estado ocupava a quinta posição no ranking da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Nos anos de 2023 e 2024, com 42,5 e 42,3 doações por milhão de população (pmp), respectivamente, o Paraná foi líder em doação. Nos primeiros seis meses de 2025, conforme relatório da ABTO, o Paraná atingiu a marca de 37,9 doações por milhão de população, enquanto no país esse índice é de 19,5.
“A doação de órgãos é um tema que precisa estar sempre no radar das pessoas, pois somente através dela é que podemos realizar transplantes e salvar muitas vidas. O Paraná segue referência nesse assunto, pelos bons números de doações efetivas e também em razão de toda a estrutura que o Estado oferece na logística, com uma frota de veículos renovada e transporte aéreo 24 horas, o que garante rapidez no deslocamento de órgãos e equipes médicas, dentro e fora do Paraná”, destacou o secretário da Saúde, Beto Preto.
De acordo com dados parciais de 2025, o Paraná ocupa a segunda colocação entre os estados brasileiros com o maior volume de doação de órgãos, ficando atrás somente de Santa Catarina, com 42,4 pmp. O Paraná segue à frente de estados como Rondônia (30,9 pmp), Rio de Janeiro (23,2 pmp), Mato Grosso do Sul (22,7 pmp) e São Paulo (22,5 pmp).
Uopeccan realiza Blitz da Vida em alusão ao Setembro Verde
O hospital promove nesta sexta-feira (26), a Blitz da Vida, uma ação de conscientização sobre a importância da doação de órgãos. A atividade será realizada em frente à unidade de Cascavel, das 9h às 11h, com a participação da equipe da instituição.
O objetivo é sensibilizar a comunidade sobre a necessidade de conversar com a família e manifestar o desejo de ser doador, gesto que pode salvar muitas vidas.