
Cascavel e Paraná - O HUOP (Hospital Universitário do Oeste do Paraná) reiniciou o processo licitatório para contratar uma empresa para reativar o CCP (Centro de Cirurgias Programadas) que está desativado desde o dia 31 de agosto, depois de ter funcionado durante um ano fazendo as cirurgias eletivas em pacientes que aguardavam há anos na fila de espera. Ao todo, participaram do processo nove empresas que está agora na fase classificatória.
Por meio de nota, a diretoria do hospital disse que a partir de agora a equipe jurídica segue analisando a extensa documentação e que vai se manifestar de forma oficial somente depois todos os trâmites sejam minuciosamente realizados. Este prazo não foi informado, mas para este ano já não dará mais tempo, visto que depois que o processo estiver finalizado, a empresa assina o contrato e tem ainda 60 dias para iniciar os atendimentos.
Esta é a segunda licitação realizada para reativar o serviço, já que a primeira licitação realizada no dia 10 de outubro não teve êxito. A primeira empresa foi contratada por meio de uma licitação emergencial com prazo de um ano, mas mesmo com este prazo a licitação para manter o serviço foi lançada somente depois de o contrato ter sido encerrado. Segundo o HUOP, isso ocorreu porque a nova licitação tem um processo mais demorado com termo de referência, estudo técnico preliminar, além de que teve que passar pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) do Paraná que analisou todo o processo, o que acabou atrasando a licitação.
R$34 milhões
Esta nova licitação prevê um investimento de cerca de R$ 34 milhões por ano, sendo que 20% são de cirurgias de urgência e emergência, o restante de eletivas, sendo que o contrato pode ser renovado em até 10 anos. Atualmente, todas as cirurgias eletivas estão ocorrendo dentro do hospital, com a equipe médica do próprio HUOP, mas de acordo com a liberação de leitos, num fluxo bem menor.
O vencedor vai assumir o prédio da antiga Ala de Queimados, que abrigou os serviços desafogando a fila de espera, problema crônico de anos na cidade, já que tinham pacientes que aguardavam há mais de três anos por uma cirurgia. Neste novo processo, houve a incorporação de novos tipos de procedimentos que até então não eram realizados, como as cirurgias de otorrinolaringologia, ginecologia e obstetrícia. Foram mantidas ainda as cirurgias de especialidade da área vascular, urológica, ortopédica e de cirurgia geral.
O antigo contrato era prestado pela a CIS (Centro Integrado de Saúde) pelo valor total de cerca de R$ 38 milhões entre as cirurgias eletivas e de urgência e de emergência para aliviar o Pronto-Socorro, com valor de R$ 5,4 milhões já que o pronto socorro conta com 33 leitos, espaço que sempre está superlotado.
4 mil cirurgias
Durante os 12 meses a empresa realizou pelo menos 4 mil procedimentos, sendo que a abertura do Centro foi possível devido a um apoio financeiro da Sesa, mas a expectativa é de que, após a nova licitação, o hospital consiga manter o ritmo e até ampliar o número de procedimentos. O HUOP tem ao todo 373 leitos, atendendo a um público de mais de 2 milhões de pacientes de 90 municípios da macrorregião Oeste.