Saúde

Covid-19: Médicos alertam sobre a importância de buscar atendimento ao primeiro sintoma da doença

Primeiro contato deve ser feito com o Plantão Coronavírus, que fará o agendamento do exame e orientará o morador sobre as medidas de prevenção

Covid-19: Médicos alertam sobre a importância de buscar atendimento ao primeiro sintoma da doença

Em uma live transmitida nesta semana pelo Facebook da Prefeitura de Foz do Iguaçu, médicos do Hospital Municipal Padre Germano Lauck alertaram sobre a importância de a população buscar os serviços de saúde ao primeiro sintoma da covid-19. Segundo o cardiologista Alessandro Machado, muitos dos pacientes que chegam à unidade hospitalar em estado grave não estavam sendo acompanhados ou faziam o tratamento sem a orientação médica.

“Percebemos que os pacientes têm procurado tardiamente os serviços de atendimento da saúde. Eles chegam até mesmo sem ter feito o exame de covid, mas estão há vários dias com sintomas gripais. Isso tem contribuído muito para a gravidade dos casos e o aumento de internações nas UTIS”, afirmou.

Outra preocupação é que, sem o diagnóstico da doença, o risco de transmissão é muito maior. “Quanto mais tempo sem a realização do exame, o infectado acaba transmitindo para mais pessoas por não seguir o isolamento social”, reforçou o médico.

A infectologista Conceição Aparecida Woytovetch lembrou que os sintomas da Covid se assemelham a uma gripe comum, como dor de garganta, coriza, obstrução nasal e tosse. “Estes são sinais de alerta para comunicar o serviço de saúde e iniciar o isolamento social. Desta forma, vamos evitar a disseminação do vírus para a comunidade e a própria família”.

O primeiro contato é feito através do Plantão Coronavírus pelos telefones 3521-1800 (ligação e whatsapp) e 0800 645 5655 (ligação gratuita). A coleta do exame RT-PCR, considerado padrão ouro, é solicitada no segundo ou terceiro dia de início dos sintomas. O plantão também dará as orientações necessárias sobre o isolamento social e emitirá o atestado médico. Quando necessário, o paciente é encaminhado para consulta por telemedicina.

“Às vezes as pessoas não apresentam quadro febril e, por isso, não procuram o serviço. Lembrando que a gente começa a transmitir até dois dias antes do início dos sintomas. Infelizmente, se a busca é muito tardia, os pacientes agravam demais e às vezes não conseguem se recuperar”, afirmou a médica.

No início da pandemia, o número de casos graves e óbitos envolviam os grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. Com as mutações do vírus, os jovens e adultos jovens também estão desenvolvendo a forma grave.

“Este é um momento difícil, mas temos que enfrentá-lo de maneira racional, evitando o contágio e procurando o serviço o mais rápido possível. Existe uma série de ações que podem ser feitas para que o paciente não precise ir ate o hospital em estado grave”, concluiu a médica.

Foz registra até o dia de hoje 475 mortes pela doença, a maioria (164) de idosos entre 70 a 79 anos, seguido de idosos com 60 a 69 anos (112). Jovens e adultos de 20 a 39 anos já somam 12 casos e pessoas com 40 a 59 anos contabilizam 85 casos. Dos mais de 29 mil casos confirmados da doença em Foz do Iguaçu, 6. 829 são de adultos de 30 a 39 anos.