Cascavel – Começa nesta terça-feira (18) o agendamento para a vacinação pediátrica nas unidades de saúde de Cascavel que prossegue até quarta-feira (19). As primeiras aplicações do grupo infantil serão feitas na quinta e na sexta-feira próxima, dias 20 e 21 de janeiro. As orientações foram repassadas ontem (17), em entrevista coletiva da Secretaria Municipal de Saúde que, em seguida, realizou durante a tarde, um treinamento para os profissionais que farão as aplicações das doses.
De acordo com o gerente de Atenção à Saúde, Ali Haidar, a aplicação será da vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos, em duas doses, e começará pelas que têm comorbidades ou alguma deficiência, depois segue calendário de acordo com a faixa etária. A expectativa é de vacinar cerca de 26,6 mil crianças em Cascavel.
Segundo ele, o agendamento é necessário para que a secretaria siga as especificações para uma prática segura, por isso, no agendamento que tem que ser feito de forma presencial, os profissionais vão conferir as carteiras de vacinação, já que a criança não pode ter tomado outra vacina há menos de quinze dias. Após a conferência, é marcado dia e horário para a criança ser imunizada.
No dia e horário marcado o pai ou responsável retorna na unidade e depois da vacinação é necessário aguardar pelo menos 20 minutos, seguindo recomendação da Anvisa. “Por isso, tomamos essa decisão de agendar, para evitar filas nas unidades dos pais com as crianças”, explicou Ali Haidar. A vacinação ocorre também de acordo com o estoque de doses, já que até agora a Secretaria recebeu apenas 1.830 doses, suficiente para apenas uns dois dias de imunização.
O agendamento e a aplicação das vacinas podem ser feitos em qualquer unidade de saúde, exceto as três que são de referência Covid (Santa Cruz, Floresta e Nova Cidade), das 8h às 16h. O gerente reforçou que é indispensável a apresentação dos documentos para agendar e para vacinar, principalmente a carteira de vacinação e que não precisa do termo as crianças que estiverem com um responsável.
Haidar alertou ainda que os pais devem ficar atentos as cores dos frascos, já que dos adultos é da cor roxa e das crianças da cor laranja. Outra importante informação é que no dia que terá a vacinação infantil não terá para os adultos, para evitar aglomeração e possíveis erros de imunização. Já nos outros dias, continua o calendário normal.
O secretário de Saúde, Miroslau Bailak, ressaltou a importância de todos os pais levarem para a imunização e que os riscos, como o caso da miocardite, são muito baixos e que é importante as crianças também estarem imunizadas.
Novos casos
Miroslau Bailak aproveitou a coletiva de imprensa para fazer um balanço da situação atual da pandemia. Segundo o secretário, houve um crescimento muito forte de novas contaminações que passaram a aumentar a partir do dia 28 de dezembro, como novo reforço no dia 3 de janeiro, resultado de aglomerações do fim do ano, em que a taxa de transmissibilidade aumentou, grande parte da nova variante ômicron.
Analisando os dados de outras regiões, o secretário disse que a variante ômicron que surgiu no dia 24 de novembro na África do Sul baixou após um mês e que isso deve se repetir aqui no Brasil, o que deve ocorrer depois do dia 28 de janeiro. A variante é altamente transmissível, mas tem uma baixa gravidade. “Os pacientes tem tido Covid-19, mas que evolui em 4 ou 5 dias e na sequência não há reação, sintomas bem mais amenos do que as outras variantes”, salientou.
De acordo com Bailak, que também é médico, é importante nesse momento tranquilizar a população de que essa variante está muito parecida com as gripes, e que as pessoas que tenham sintomas mais graves procurem os serviços de saúde, mas que tenham paciência porque unidades estão superlotadas devido a ‘nova onda’, mas que, por enquanto, não tem como ampliar este atendimento. “A população está sendo testada, existem testes rápido nas unidades de saúde e nas UPAS para os casos em que o médico acha necessários testar”, destacou Bailak.
O médico reforçou ainda que todas as unidades de saúde estão atendendo prioritariamente pela manhã pacientes com quadros respiratórios e três unidades são exclusivas – Santa Cruz, Floresta e Nova Cidade – só para estes casos. Primeiro é importante ir na unidade de saúde, se não tiver como ser atendido o paciente será orientado para a unidade referência e, na sequência, a UPA. “Se estiver doente procurar atendimento, mas é preciso paciência porque tem bastante procura, mas saliento que casos graves não aumentaram, resultado do vírus não ser tão agressivo”, lembrou.
Secretário garante leitos de UTI
Outro dado importante destado pelo secretário de Saúde de Cascavel, Miroslau Bailak, é referente aos casos de internação de UTI por Covid. Segundo ele, nos dois hospitais de referência , o Huop e o Hospital de Retaguarda, não aumentaram os casos de internações em UTI, situação que está com monitoramento constante e, caso seja necessário, estão autorizados a aumentarem os leitos. “Hoje temos com 337 casos positivos, que são novos, mas reforço: a doença é mais leve, por isso, a melhor forma de combater e estar vacinado e manter os cuidados”, reforçou Miroslau.
Outro reforço no atendimento é por meio do ambulatório do hospital de retaguarda que é apoio referenciado, pacientes nas UPAS, que são identificados, são encaminhados para serem atendidos no local.