
Nos últimos dias, a Câmara de Vereadores de Cascavel tem enfrentado duras críticas por parte da população e de importantes figuras da política local e estadual. O motivo é a forma como vem sendo conduzido o caso de assédio sexual envolvendo um servidor de um Cmei (Centro Municipal de Educação Infantil) da cidade.
Embora a denúncia tenha vindo a público anos atrás, o assunto voltou a ganhar destaque após pais de crianças afetadas exigirem explicações sobre a decisão da Prefeitura de manter o suposto assediador em atividade durante o período dos fatos. O processo administrativo levou mais de quatro anos para ser concluído, o que gerou revolta e sensação de impunidade.
Sob forte pressão popular, sete vereadores decidiram manter a postura já defendida anteriormente em plenário: a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar o caso. Mesmo diante de resistências vindas de lideranças políticas do município e do estado, os parlamentares reafirmaram o compromisso com a investigação.
Assinaram o pedido de abertura da CPI os vereadores: Everton Guimarães (PMB), Fão do Bolsonaro (PL), Rondinelle Batista (NOVO), Dr. Lauri (MDB), Bia Alcantara (PT), Edson Souza (MDB) e Policial Madril (PP).
O protocolo do pedido é visto como um passo importante na busca por transparência e responsabilização dos envolvidos, seja por ação ou omissão. Agora, a população acompanha com expectativa os desdobramentos no Legislativo.
Próximo passo
Com o protocolo já formalizado, cabe agora ao presidente da Câmara, vereador Tiago Almeida (Republicanos), indicar quais representantes dos blocos partidários ocuparão as cinco vagas da CPI.
Após nomeados, esses cinco integrantes terão um prazo de 120 dias para conduzir a investigação, com possibilidade de prorrogação. Constituída a CPI, os membros deverão reunir‑se em 24 horas para escolher o presidente, o secretário e o relator da comissão.