Curitiba – Em 2022, além de escolher presidente, governador, deputados estaduais e federais, as eleições renovarão um terço das cadeiras do Senado Federal, ou seja, das 81 cadeiras do Senado, 27 estarão em disputa, uma vaga por Estado. No Paraná, a briga começou cedo e são vários pré-candidatos que pretendem conquistar a vaga do senador Alvaro Dias. Além do próprio Dias que já se movimenta nos bastidores para disputar a reeleição ao cargo pelo Podemos, outros nomes estão articulando para a eleição majoritária de outubro de 2022.
O principal concorrente de Alvaro Dias, não só a vaga ao Senado, mas também ao apoio do Governador Ratinho Junior (PSD), é o ex-secretário da Casa Civil do Paraná e deputado estadual Guto Silva, que conta com apoio de deputados estaduais, prefeitos, vices e vereadores. Outro nome importante na briga é Luiz Cláudio Romanelli, o deputado estadual já se lançou como pré-candidato ao Senado e pretende dar trabalho para os concorrentes.
Caso confirmada a candidatura, Romanelli será o candidato do PSB. Contudo, o deputado deve avaliar as chances, visto que tem uma eleição praticamente garantida para a Assembleia Legislativa. Pelo União Brasil, quem deve ser o candidato é o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, que ficou com as portas abertas para ser a indicação da sigla com a cassação do deputado estadual Fernando Francischini (UB).
No Partido dos Trabalhadores, o médico Dr. Rosinha é apontado como nome certo para disputar o Senado e pode ser uma opção para a esquerda pelo histórico de luta e posicionamentos políticos. O MDB hoje tem três concorrentes, com o mesmo poder de conquistar a vaga: o ex-candidato à Prefeitura de Curitiba no ano passado, João Arruda; o ex-governador Orlando Pessuti, que vai disputar a cadeira no Senado para não entrar em conflito com alguns deputados estaduais e federais e também o empresário do setor de vinhos e ex-secretário de Desenvolvimento Urbano no governo Roberto Requião, Renato Adur.
Alex Canziani, Ulisses Maia e Leonaldo Paranhos também já se manifestaram informando que querem a posição, contudo, estão em desvantagem, por não terem a força direta do governador Ratinho Junior, que deve apoiar Guto Silva ou Alvaro Dias.
Com a chegada de Bolsonaro no PL, a expectativa é que os fiéis ao presidente devam migrar para a sigla na janela de março. Caso isso aconteça, existe a expectativa de que a deputada federal bolsonarista Aline Sleutjes seja a candidata do PL do Paraná ao Senado.
Outros nomes considerados por partidos de esquerda são os de Diego Xavier, pelo PSOL, Elói Casagrande, da Rede, e do presidente estadual do PCdoB, Elton Barz.
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Os prazos do calendário eleitoral aprovado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já começaram a ser contados. Desde 1º de janeiro, por exemplo, há a obrigatoriedade de registro de pesquisas eleitorais e a limitação de despesas com publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais.
No próximo dia 3 de março, será aberta uma data importante desse calendário, a chamada “janela partidária”, período em que parlamentares eleitos pelo sistema proporcional (deputados estaduais, federais e vereadores) podem trocar de partido sem perder o mandato. A janela vai até 1º de abril. A regra não se aplica aos senadores e senadoras, por serem eleitos pelo sistema majoritário (em que o candidato ou candidata com maior número de votos é eleito).
No dia seguinte, 2 de abril, termina o prazo para que governadoras ou governadores de estados e prefeitas ou prefeitos que pretendam concorrer a outros cargos em 2022 renunciem a seus mandatos (a chamada desincompatibilização). Alguns detentores de cargos e categorias profissionais estão sujeitos a normas específicas de desincompatibilização, fruto de decisões proferidas pelo TSE que podem ser consultadas neste link. O dia 2 de abril também é a data limite para o registro, no TSE, dos estatutos dos partidos e das federações partidárias. A possibilidade da união de partidos em federações duradouras foi instituída pelo Congresso Nacional na reforma eleitoral de 2021.
Fake News e diversidade
O combate às notícias falsas sobre as eleições vem se tornando uma questão mais relevante a cada pleito. No Congresso, será reinstalada em fevereiro a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das Fake News, que deverá atuar para evitar a disseminação de notícias falsas no ano eleitoral. O colegiado deverá ser presidido pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA). Segundo ele, eventuais denúncias serão repassadas a órgãos como Polícia Federal, Ministério Público e Tribunal Superior Eleitoral.
Outra novidade nesta eleição é a vigência da Emenda Constitucional 111, promulgada pelo Congresso Nacional em 28 de setembro passado. Ela incentiva as candidaturas de negros e mulheres nas eleições e muda a data da posse do presidente da República e dos governadores eleitos a partir de 2026. As datas das posses passarão de 1º de janeiro para 5 de 6 de janeiro, respectivamente.
