Na esquerda, o PT deve apostar em Zeca Dirceu, que pontua entre 12% e 13%, enquanto Gleisi Hoffmann, ministra do governo Lula, tende a buscar a reeleição como deputada federal - Foto: José Cruz/ABR
Na esquerda, o PT deve apostar em Zeca Dirceu, que pontua entre 12% e 13%, enquanto Gleisi Hoffmann, ministra do governo Lula, tende a buscar a reeleição como deputada federal - Foto: José Cruz/ABR

Curitiba e Paraná - A nova pesquisa do Instituto Ágili Pesquisas e Marketing, divulgada ontem (13), revela um cenário de polarização na disputa pelo Governo do Paraná – ainda sem definição no PSD de Ratinho Junior – e um quadro aberto na corrida pelas duas vagas ao Senado nas eleições de 2026. O levantamento mostra o senador Sergio Moro (União Brasil) e o deputado estadual Requião Filho (PDT) alternando a liderança em diferentes cenários para o Palácio Iguaçu, enquanto Deltan Dallagnol (Novo) aparece na frente na disputa pelo Senado.

Palácio Iguaçu


No cenário principal, com a presença de nomes como Paulo Martins (Novo), Guto Silva (PSD) e Ênio Verri (PT), Moro soma 39,7% das intenções de voto, seguido por Requião Filho com 15,7%. Nenhum candidato, 22,4%; não sabem, 4%.


Quando o nome de Moro é retirado, Requião Filho assume a dianteira, alcançando 23,6%, contra 15,9% de Paulo Martins e 9,2% de Guto Silva. Os números indicam que o pedetista herda parte expressiva do eleitorado, mas o avanço de adversários à direita mostra um cenário volátil e fragmentado.


Outros nomes do PSD, como Alexandre Curi e Rafael Greca, também foram testados. Curi aparece com até 15%, e Greca, em cenários distintos, chega a 18%, disputando espaço dentro de um partido que ainda não definiu seu representante para a sucessão do governador Ratinho Junior (PSD). Guto Silva, secretário das Cidades do Paraná, pontua entre 4% e 7%, e o petista Ênio Verri aparece estável, entre 3% e 4%.

Senado


Na disputa por uma das duas vagas do Senado Federal, o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) aparece na liderança com 29,8% das intenções de voto. A segunda vaga, porém, está aberta e com disputa intensa entre Alexandre Curi (PSD), Cristina Graeml (União Brasil) e Filipe Barros (PL) — todos empatados dentro da margem de erro.


No primeiro cenário testado, Dallagnol aparece à frente com folga, seguido por Curi (18,1%), Graeml (17,2%) e Barros (16,4%). Quando o nome do ex-procurador é retirado, a corrida fica embolada, com Filipe Barros (19,4%), Curi (19,2%) e Graeml (18,6%) praticamente empatados. O advogado Jeffrey Chiquini (Novo) surpreende com 15%, ganhando espaço entre os eleitores mais identificados com o bolsonarismo.

PSD indeciso; Moro pressionado


A indefinição dentro do PSD, partido do governador Ratinho Junior, é hoje um dos fatores de maior impacto na configuração do tabuleiro eleitoral. O governador, que tem 79,7% de aprovação, segundo a mesma pesquisa, ainda não indicou quem será seu sucessor. Internamente, há uma disputa entre Curi, Guto Silva e até o ex-prefeito de Curitiba Rafael Greca, que voltou a ser cogitado.


Enquanto isso, Sergio Moro enfrenta ruídos dentro de sua própria legenda. Embora seja presidente estadual do União Brasil, o senador convive com resistências do Progressistas (PP), que sinaliza preferir candidatura própria em 2026. Além disso, o julgamento no STF sobre a denúncia de calúnia contra o ministro Gilmar Mendes — que já formou maioria para tornar o ex-juiz réu — deve influenciar os rumos da pré-campanha.