Curitiba e Paraná - Para reforçar a conscientização sobre o câncer de mama, a Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Paraná realizou, nesta segunda-feira (13), uma roda de conversa com especialistas e mulheres que enfrentaram a doença.
“O Outubro Rosa é um tema que se resolve com informação, divulgação e prevenção. É um momento de ouvir e aprender com quem viveu na pele essa realidade”, destacou o presidente da Comissão, deputado Nelson Justus (União). Segundo ele, a ação reforça o papel do Legislativo em promover iniciativas voltadas à saúde da mulher.
A deputada Clora Pinheiro (PSD), vice-presidente da Comissão, propôs ampliar o alcance da campanha: “Precisamos transformar o Outubro Rosa em um ano rosa. Muitas mulheres descobrem o câncer em outubro e enfrentam atrasos no tratamento. Por isso, sugerimos a criação do Junho Rosa, para incentivar o cuidado contínuo”.
A estudante de Direito Tainá Machado, diagnosticada tardiamente com câncer de mama, reforçou a importância da informação técnica. “As mulheres precisam conhecer o próprio corpo e saber questionar. O conhecimento é fundamental para um diagnóstico precoce”, afirmou. Ela elogiou o espaço criado pela Assembleia: “Nem sempre temos voz. Aqui, conseguimos”.
O evento aconteceu no 13º andar da Assembleia e reuniu servidoras, sobreviventes do câncer e representantes de projetos como o grupo Amigas da Mama, que presta apoio a pacientes em todo o estado.
Outubro Rosa: uma campanha global
O movimento Outubro Rosa surgiu nos anos 1990, criado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, com o objetivo de ampliar o acesso à informação, diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama. No Brasil, a campanha é instituída por lei desde 2018, e no Paraná, desde 2011.
Câncer de Mama: Estatísticas e Prevenção
O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres no mundo. Em 2020, foram estimados 2,3 milhões de novos casos globalmente — cerca de 24,5% de todos os tumores femininos. No Brasil, o Inca projeta 73.610 novos casos por ano entre 2023 e 2025. No Paraná, a média é de 3.650 diagnósticos anuais — quase dez por dia.
Os sinais de alerta incluem nódulo endurecido, alterações na pele ou no mamilo, secreção espontânea e inchaços nas axilas ou pescoço. O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura.
Fonte: Alep