O Batalhão de Polícia Ambiental-Força Verde (BPAmb-FV) ampliou as ações de prevenção de crimes ambientais e de fiscalização em 2020. No ano passado a unidade atendeu mais de 15 mil ocorrências, somando denúncias de desmatamento, caça e cativeiro de animais silvestres, além de pesca predatória. Foram feitas 127 mil abordagens a pessoas e 42.545 a veículos, os maiores índices dos últimos cinco anos. Os policiais prenderam 1.569 pessoas por suspeitas de envolvimento em crimes ambientais e 440 armas de fogo foram apreendidas.
A Polícia Ambiental fortaleceu as políticas de prevenção e começou a aplicar novo efetivo operacional – a média diária de viaturas em serviço no Estado foi de 55 veículos. Em 2020, os policiais do BPAmb-FV fizeram 1.682.111 quilômetros de patrulhamento motorizado, mais de 24 mil quilômetros de patrulhamento a pé e 2.963 horas de policiamento aquático.
O balanço da Força Verde mostra que no ano passado foram atendidas 737 ocorrências de crimes contra a fauna, que resultaram em 5.424 aves resgatadas e 578 animais salvos. Em comparação com o ano anterior houve aumento de 23,1% nas apreensões de pássaros (de 4.404 foi para 5.424) e de 47,8% nas apreensões de animais (de 391 subiu para 578).
Segundo o comandante do Batalhão, tenente-coronel Jean Rafael Puchetti Ferreira, grande parte das apreensões de animais ocorreu em cativeiros insalubres mantidos em regiões rurais e metropolitanas que vinham alimentando o comércio e a caça ilegais.
“Fazemos uma avaliação dos animais resgatados e se eles tiverem condições nós os reinserimos à natureza. Caso contrário, fazemos o encaminhamento a instituições que possam auxiliar na recuperação do animal, ou, ainda, como depositário fiel para que possa receber bons cuidados”, disse.
Na área de pesca, no último ano, os policiais militares ambientais flagraram 388 crimes, com a apreensão de 87 quilos de camarão e de 582 unidades de caranguejos. As abordagens e fiscalizações renderam 17.690 metros de espinhéis e 98.668 metros de redes de pesca apreendidas.
CONTRA A FLORA – A atenção da unidade também se voltou a crimes relacionados ao desmate de áreas nativas. Em 2020 foram constatados 3.422 hectares de flora destruídos pelo fogo e por máquinas pesadas ilegais. O número é o maior registrado nos últimos cinco anos, que acumula 11.978 hectares desmatados.
Além dessa modalidade de crime ambiental, o BPAmb-FV notou o aumento nas apreensões de madeira nativa e de palmito in natura. Em madeira nativa foram 6.259 metros cúbicos apreendidos em 2020, enquanto no ano anterior foram 5.435 metros cúbicos, uma diferença de 15%. Já no caso do palmito in natura (por unidade), o aumento foi de 13,3% no comparativo entre os últimos dois anos (de 3.010 foi para 3.413).
ÚLTIMOS CINCO ANOS – O desempenho do Batalhão de Polícia Ambiental-Força Verde pode ser demonstrado pelo resultado acumulado dos últimos cinco anos (entre 2016 e 2020). A demanda de chamadas para atendimento de ocorrências neste período foi de 126.099 ligações, que originaram 68.252 ocorrências atendidas. No período, 1.640 armas de fogo foram apreendidas e 7.800 pessoas foram presas por crimes ambientais, média anual de 328 armas e de 1.500 presos.
De 2016 a 2020, o Batalhão fez mais de meio milhão de abordagens a pessoas (508.427) e 164.233 a veículos. As equipes policiais também executaram 116.531 vistorias a residências, pontos comerciais e propriedades rurais por meio de denúncias ou de flagrante delito ambiental.
Durante as ações de proteção ambiental, os policiais militares também se depararam com situações de tráfico de drogas. Forma retirados de cuirculação 3,5 toneladas de maconha, mais de 1,8 quilo de crack e um quilo de cocaína.
O período analisado também mensura o resultado do trabalho operacional executado das equipes policiais nos rios, lagos, parques estaduais e locais de preservação permanente. Nos dois últimos anos, o quantitativo de prisões se manteve acima de 1,5 mil, mas foi em 2018 que a unidade mais atuou, com 2.015 encaminhamentos. No último ano, houve 1.569 prisões, três a menos do que em 2019, quando foram 1.572.
DENÚNCIAS – A análise do Batalhão aponta, ainda, que as denúncias sobre crimes ambientais têm crescido nos últimos cinco anos. Em 2016, foram 21.850 chamadas, enquanto em 2020 o número chegou a 37.483. O comparativo entre os dois últimos anos mostra um aumento de 66% (de 22.571 foi para 37.483).
Na visão do comandante do Batalhão, tenente-coronel Ferreira, o aumento se deve à credibilidade do serviço prestado, que fez com que as pessoas denunciassem crimes por saberem que a resposta seria efetivada. “Temos atuado de maneira repressiva por meio do atendimento às ocorrências que chegam pelo 181 Disque-Denúncia e reforçamos as ações preventivas para inibir os crimes”, destacou.