Os alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga suspeitos de tráfico internacional de drogas e armas usaram ônibus e vans de passageiros para transportar, pelo menos, oito toneladas de drogas, de acordo com as investigações.
De acordo com o delegado da PF Peterson Manys, 20 pessoas foram presas durante a operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (12).
O dono da empresa de turismo investigada foi um dos presos. Ele é suspeito de ser o líder do grupo que fazia a distribuição de drogas e armas de origem do Paraguai. As esposa dele e funcionários da companhia também foram alvo da operação.
Segundo o delegado, desde maio de 2020, quando iniciaram as investigações, foram apreendidas cerca de oito toneladas de maconha, 491 kg de cocaína e 354 kg de pasta-base de cocaína em veículos de turismo ligados ao esquema.
“Normalmente ele comprava o ônibus e colocava a propriedade do veículo no nome do motorista, como um laranja. Geralmente, no momento da apreensão, o motorista estava sozinho”, afirmou o delegado.
De acordo com as investigações, a empresa também era usada para ocultar as movimentações de dinheiro provenientes do tráfico.
Os suspeitos devem responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico internacional de drogas e tráfico internacional de armas.
Mandados
Na operação desta quinta-feira (12), foram expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal de Ponta Grossa 24 mandados de prisão, 32 mandados de busca e apreensão e 29 ordens de sequestro de bens contra os alvos.
Segundo a PF, os mandados foram cumpridos em cinco estados, nas seguintes cidades: Foz do Iguaçu, Curitiba, Medianeira e Maringá, no Paraná; São Paulo e Diadema, em São Paulo; Joaçaba e Balneário Camboriú, em Santa Catarina; Erechim, no Rio Grande do Sul; e Juiz de Fora, em Minas Gerais.
Operação cumpre 92 mandados judiciais na manhã desta quinta-feira (12) — Foto: Divulgação/PF
Investigações
As investigações começaram em maio de 2020, após uma apreensão de dois fuzis e 1,7 tonelada de maconha em um ônibus, em Irati, nos Campos Gerais do Paraná.
Segundo a PF, as apurações apontaram as drogas e as armas eram armazenadas em fundos falsos de ônibus e vans de turismo.
A operação foi batizada como Expresso 80. Segundo a PF, o nome remete a fuzis apreendidos que eram montados com 80% das peças compradas sem registro com o propósito de dificultar o seu rastreamento.
São 24 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão — Foto: Divulgação/PF
Com informações do G1