Investigação

Polícia ouve condutor sobre atropelamento envolvendo veículo do Padre Genivaldo

Polícia ouve condutor sobre atropelamento envolvendo veículo do Padre Genivaldo

Cascavel e Paraná - Cascavel – A Polícia Civil de Cascavel ouviu na tarde desta sexta-feira (5) o motorista que estava dirigindo o carro do Padre Genivaldo Oliveira dos Santos, no caso do atropelamento de Luiz Edimar Lima dos Santos, ocorrido no dia 12 de outubro de 2019.

O delegado Pedro Fontana – que reabriu o caso após os escândalos envolvendo o nome do padre, desencadeado por meio da “Operação Pele em Lobo de Cordeiro” – detalhou o depoimento do condutor. Segundo Fontana, o motorista que foi localizado e intimado pela equipe de investigação da Polícia Civil relatou que no dia do ocorrido ele estava indo para a casa onde morava com o padre quando o pedestre atravessou na frente dele e ele não conseguiu desviar. “Ele disse que estava trafegando a 50 km por hora e que depois do atropelamento ficou no local, acionou o socorro e que inclusive fez o teste de etilômetro, ficando à disposição da Justiça até o desenrolar do fato”, disse.

O condutor disse ainda que o padre não estava junto com ele e que foi chamado depois do ocorrido, comparecendo ao local para acompanhar e ajudá-lo. O delegado falou que o condutor confirmou que estava sozinho no veículo e que em nenhum momento saiu do local do atropelamento.

Sobre um possível envolvimento com o vereador Sidnei Mazzuti, ele disse que não se lembrava da presença do mesmo no local.

O delegado confirmou ainda que recebeu a perícia encaminhada pela Polícia Científica que detalha a cena e os detalhes do atropelamento como o local do acidente, veículo e o corpo de vítima que demonstrou que o veículo não foi retirado do local e que, agora com o laudo em mãos e as diligências concluídas, ele pretende terminar até semana que vem o relatório e encaminhar ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que devem então analisar a necessidade de novas diligências.

“Caso eles entendam que não são necessárias novas diligências eles mesmos já decidem se vão arquivar, denunciar ou propor um acordo sobre o caso”, descreveu. Sobre o caso, o Padre Genivaldo foi ouvido pela Polícia Civil nesta semana por videoconferência e confirmou que o veículo era mesmo dele e quem estava dirigindo no momento da batida seria Lucas, apontado como afilhado de Genivaldo.

Além do padre, foram ouvidas três pessoas da família da vítima, uma policial militar que atendeu a ocorrência e uma testemunha.

Investigação e Acusações

Abuso sexual

Genivaldo está preso dede o dia 24 de agosto pela “Operação Pele em Lobo de Cordeiro” desencadeada pelo Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes), que investiga casos de abuso sexual do padre e do arcebispo falecido Dom Mauro Aparecido dos Santos. Até agora, foram identificadas pela Polícia Civil nove vítimas do padre Genivaldo e quatro do Dom Mauro, em um total de 38 oitivas. O interrogatório do investigado ainda não possui data agendada.