Cascavel – No Paraná, 77% de todos os cigarros comercializados são ilegais, segundo pesquisa do Ibope. E cerca de 76% desse volume é vendido em estabelecimentos convencionais, como padarias, bares, mercearias e pequenos mercados, o que vai contra a ideia de que apenas ambulantes oferecem mercadorias contrabandeadas.
Para evidenciar aos comerciantes e a toda a população os riscos e as punições relacionados à compra e à venda de cigarros contrabandeados, o FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade) lança uma campanha de conscientização. No total, cerca de 150 mil varejistas serão impactados diretamente com o material informativo, sendo que no Paraná também haverá conteúdo com o apoio do Fórum em jornais populares e spot em rádios.
Os materiais informativos destacam a intensificação das operações policiais para reprimir o contrabando, com exemplos específicos de ações de fiscalização e repressão em varejos que vendem produtos ilegais – no caso dos cigarros, as principais marcas irregulares são Eight, Gift, San Marino, Classic, Fox.
A campanha ainda reforça as punições aos donos dos estabelecimentos que venderem cigarros abaixo de R$ 5 (preço mínimo definido por lei): prisão, fechamento do comércio, proibição de venda de cigarros por até cinco anos e apreensão dos produtos.
O material informativo contém um QR Code direcionado para a lista de 90 marcas irregulares presentes em um alerta emitido pela Anvisa, além de destacar as principais marcas do contrabando. No Paraná, a marca ilegal Classic é líder de todo o mercado, com 28% de participação. Além desta, mais seis marcas ilegais estão no ranking das dez mais vendidas: Eight, Fox, Palermo, San Marino, Gift e Vila Rica.
“Os cigarros ilegais não seguem regulamentação, não possuem registro na Anvisa e não pagam impostos, o que significa dizer que hoje mais da metade do mercado está fora da lei”, diz Edson Vismona, presidente do Etco. “É muito importante que consumidor e varejista também façam a sua parte denunciando essas marcas à Anvisa no número 0800 642 9782 ou pela Ouvidoria da entidade”, relembra.