Policial

Homicídios caem pelo 3º ano; menor índice da história

Até então, 2018 era o ano com menos mortes.

Morador encontrou ossada quando fazia uma obra na residência
Morador encontrou ossada quando fazia uma obra na residência

O número de mortes violentas registradas voltou a cair em Cascavel, pelo terceiro ano seguido. Até essa segunda-feira (30), haviam sido registradas 35 mortes violentas, contra 49 ano passado, queda de 28,6%. Até então, 2018 era o ano com menos mortes.

Em contrapartida, foi significativo o número de feminicídios. Neste ano, seis mulheres foram brutalmente mortas por ex-companheiros. Não há registros de anos anteriores e os delegados que poderiam passar os números estão de férias.

Um dos casos mais marcantes foi o assassinato de mãe e filha em setembro. Elas foram encontradas mortas na casa onde moravam. Silvia Caroline França tinha 25 anos e a filha apenas 11 meses. Halif Ferreira de Lima, de 25 anos, confessou o crime e contou que ficou dois dias com os corpos e até tomou banho ao lado do corpo de Silvia, que ficou caído no chão do banheiro. Halif confessou o crime em uma carta deixada no local e aguarda julgamento preso.

O caso mais recente é o de Carla Tatiane Alves da Costa, 40 anos, morta no dia 22 de dezembro no Conjunto Paulo Godoy, zona oeste de Cascavel. Um rapaz de 19 anos se entregou à polícia e confessou ter matado a vítima, depois de ter tido relações sexuais com ela.

Sem solução

Apesar da redução dos crimes, alguns casos continuam sem solução, como o assassinato do empresário Sandro Rossi, atingido por mais de 20 tiros no dia 24 de abril. Ele ficou internado quase dois meses e não resistiu. Outro caso com ligação à morte de Rossi é o assassinato de Filipe Chagas. Atingido por diversos tiros dia 25 de junho na área central de Cascavel, ele havia comprado uma empresa que pertencia a Sandro e Robson Rossi, que também sofreu tentativa de homicídio dias antes, mas escapou.

 Outros crimes

Neste ano houve três mortes ocorridas em confrontos com a polícia. Em 2018 foram seis. Por outro lado, em 2019 foram registrados dois latrocínios (roubo seguido de morte), sem registros em 2018.

Trânsito

O trânsito também matou menos gente este ano. Considerados os óbitos registrados no perímetro urbano das rodovias e dentro da cidade, foram 36 mortes devido a acidentes, contra 44 ano passado.

Já os registros da Cettrans e da Polícia Militar, que consideram apenas vias urbanas, tiveram aumento: 21 mortes em 2018 contra 23 em 2019.

O aumento aconteceu apesar da redução dos acidentes: de 3.372 em 2018 para 3.349 em 2019; e de feridos: de 1.184 para 1.179 neste ano.

ANO HOMICÍDIOS     MORTES TRÂNSITO

2008       113                      60

2009      116                       57

2010      129                      55

2011      131                      42

2012     168                      52

2013    108                      63

2014      87                      50

2015     79                       69

2016     83                       63

2017    63                        49

2018    50                        44

2019    35                       36