Policial

Garota morta por padrasto tinha o sonho de ser juíza

O acusado do crime é o padrasto dela

Garota morta por padrasto tinha o sonho de ser juíza

O sonho de ser juíza foi ceifado prematuramente junto com a vida de Maria Eduarda Hoffman, de 16 anos, morta no último sábado, em Foz do Iguaçu. O acusado do crime é o padrasto dela, José Altamiro Gomes da Silva, de 56 anos, que morreu horas depois em uma colisão na BR-277, em Cascavel. A menina foi morta com diversos golpes de faca.

De acordo com a delegada que investiga o caso, Iane Cardoso, José não aceitava a separação da mãe da adolescente. Eles estavam em processo de separação desde janeiro de 2020. “A mulher estava preparando o trâmite para se separar. Ela já tinha deixado claro para ele que não desejava manter o relacionamento, isso perdurava por cerca de um ano e ele não se conformava. Ele ameaçava dizendo que ia tirar o bem mais precioso que ela tinha na vida”, afirmou a delegada, referindo-se à filha.

Após o crime, José Altamiro enviou áudios para a ex-companheira relatando o ato. A mãe prestou depoimento dizendo que não acreditava que ele tivesse coragem de fazer o que vinha ameaçando e, por isso, não registrou Boletim de Ocorrência.

O casamento entre Jane Maria Hoffman e José Altamiro durou quase 15 anos, mas ele não queria ir embora enquanto a casa em que moravam não fosse vendida.

A morte de Maria Eduarda é tratada como feminicídio e, por conta da morte do acusado do crime, o inquérito policial deverá ser finalizado.