Policial

Gaeco apura denúncia de tortura por PMs

A abordagem aconteceu em outubro do ano passado

Gaeco apura denúncia de tortura por PMs

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) apura denúncia de tortura e abuso de autoridade contra policiais militares que teriam acontecido durante uma abordagem em outubro do ano passado.

A reportagem do HojeNews teve acesso com exclusividade às imagens que integram a denúncia. Elas mostram os PMs abordando um rapaz que estava dentro do carro dele estacionado na frente da casa de um amigo, além de um menor que estava dentro da casa. De acordo com a denúncia enviada ao Gaeco, a abordagem do menor e a entrada na casa não constam no relatório da PM.

O rapaz que estava no carro é colocado na viatura, onde diz que ficou mais de três horas circulando pela cidade sob sol quente. Ele foi levado à UPS (Unidade Paraná Seguro) Sul, em vez de ter sido encaminhado à 15ª SDP. Contudo, afirma que os policiais não relataram qual a denúncia contra ele. Seu celular e seu carro foram apreendidos e consta que ele foi autuado por estar com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa, motivo considerado injustificável, uma vez que a abordagem foi feita quando o carro estava estacionado. O rapaz então foi levado ao fórum e assinou termo circunstanciado.

O denunciante, que pediu para não ter o nome divulgado, acusa os policiais de abuso de autoridade porque não havia motivo para a abordagem nem para segurá-lo por tanto tempo. Ele ainda alega que teria levado uma cotovelada antes de ser colocado no camburão e que as imagens registraram.

Consta ainda que o jovem abordado e seus amigos estariam sofrendo perseguição desses policiais e que teriam sido abordados diversas vezes sem motivo específico e que já denunciou à PM um dos policiais por conta dessas situações.

Em investigação

A Polícia Militar afirmou que a situação está sendo apurada internamente e que detalhes não podem ser divulgados. O policial em questão foi afastado da radiopatrulha e realiza outros serviços na corporação.

Já o Gaeco afirmou que a averiguação dos fatos ainda está em andamento e que outras informações não podem ser repassadas nesta fase.