Policial

Empresário de Toledo é detido na quinta fase da Operação Panaceia

Ele poderá responder por crime ambiental e estelionato

Cascavel – O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Cascavel cumpriu, na terça-feira (16), mandados de busca e apreensão em uma distribuidora de medicamentos de Toledo, seguindo a quinta fase da Operação Panaceia.

A empresa Tolemed já era alvo de investigação pelo envolvimento em fraudes em licitações realizadas pela Prefeitura de Corbélia e os mandados foram cumpridos na distribuidora, na residência e na propriedade rural do dono da empresa, José Edson Rinaldi.

“Na empresa foram localizados medicamentos com indícios de adulteração. As inscrições de venda proibida eram apagadas das embalagens e os medicamentos que deveriam ser distribuídos pelas prefeituras eram comercializados por farmácias locais”, revelou o delegado do Gaeco, Thiago Nóbrega.

Outra denúncia comprovada se refere à prática de crime ambiental.

“A empresa fazia o descarte irregular de medicamentos em uma fossa cavada na propriedade e ateava fogo. Constantemente eram feitos descartes no buraco”, complementou o delegado.

O dono da distribuidora foi preso em flagrante por prática de crime ambiental e estelionato. O advogado Diego Pasquali disse que aguardaria o depoimento do empresário e que iria se interar das provas apresentadas.

Gaeco vai apurar várias outras denúncias

A investigação do Gaeco na quinta etapa da Operação Panaceia teve foco específico na empresa de Toledo e ainda não há confirmação de nenhum contrato desta a Prefeitura local relacionado à adulteração das embalagens dos medicamentos.

O Gaeco irá apurar agora denúncias a respeito de vendas feitas pela mesma empresa a outros municípios do Oeste do Paraná.

“As denúncias foram recebidas após a operação ter sido desencadeada em Corbélia, no fim do ano passado. Desde então estamos investigando e hoje [terça-feira] comprovamos com o material apreendido – áudios e vídeos – essas irregularidades”, esclareceu o delegado Thiago Nóbrega.

Os medicamentos eram adquiridos de laboratórios e distribuídos às prefeituras por meio de licitações feitas legalmente.

“Alguns são de uso controlado. Eles vêm com a inscrição de venda proibida, visto que são produtos licitados, para serem entregues aos postos de saúde. Entretanto, parte não era repassada e, dessa forma, apagavam-se as informações para a comercialização”, ressaltou Nóbrega.

O Gaeco investigará quais farmácias comercializavam os medicamentos cuja venda era proibida. As atividades da distribuidora em Toledo não foram encerradas, porém a empresa deverá responder por sanções administrativas.

(Com informações de Romulo Grigoli)