Cascavel – Uma droga barata, de fácil comercialização e, principalmente, com muitos consumidores. Adquirida no Paraguai por cerca de R$ 300 o quilo, ela pode chegar a custar R$ 1.500 em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Essa é a maconha, responsável por 98% do total de apreensões feitas pela Denarc (Divisão Estadual de Narcóticos) este ano em Cascavel. Em média, foram apreendidos mais de 26 quilos por dia.
Até ontem, mais de nove toneladas de drogas haviam sido apreendidas em operações especiais e fiscalizações de rotina na cidade.
Segundo a delegada Ana Cristina Ferreira da Silva, somente de maconha foram retiradas de circulação mais de 8,7 toneladas
Além dela, apreendemos grandes quantidades de cocaína, pasta base, que é matéria-prima para outras drogas, crack, haxixe e quase 11 mil comprimidos de ecstasy.
Também foram apreendidos nesse período 47 veículos utilizados no tráfico: cinco caminhões, uma motocicleta e 41 automóveis. O resultado das ações culminou com 87 prisões em flagrante, 22 menores apreendidos e outras 44 pessoas detidas em cumprimento a mandados de prisão.
A delegada destacou ainda a apreensão de armas e munições durante operações de combate à criminalidade.
Foram 41 pistolas nove milímetros, um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 12, outra calibre 28 e uma terceira espingarda calibre 44.
Conforme Ana Cristina, a grande quantidade de entorpecente apreendido é resultado de uma parceria da polícia com a população.
Temos nossas equipes de inteligência, mas recebemos muitas denúncias e isso é fundamental para o trabalho da polícia como um todo.
Ela aponta a localização estratégica da cidade como uma das causas desse cenário.
Cascavel é rota do tráfico, do contrabando e do descaminho.