DROGAS

Apreensões de crack crescem 1.503% no Paraná

Apreensões de crack crescem 1.503% no Paraná

Nos primeiros sete meses de 2024, o Paraná registrou um aumento significativo nas apreensões de drogas. O crescimento é de 44% em comparação ao mesmo período do ano passado.

De janeiro a julho deste ano, as autoridades estaduais conseguiram retirar quase 96 toneladas de substâncias ilícitas das ruas. Esses dados, fornecidos pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, refletem uma tendência alarmante que tem preocupado especialistas e autoridades.

Entre as drogas apreendidas, a maconha continua sendo a substância mais prevalente. Com quase 136 toneladas confiscadas em 2024, a maconha representa uma parte importante das apreensões. Esse volume é aproximadamente 43% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior, quando foram apreendidas cerca de 95 toneladas da droga. A alta nas apreensões de maconha sugere um aumento na disponibilidade e tráfico da substância.

A cocaína, embora em menor quantidade comparada à maconha, também apresentou um crescimento notável nas apreensões. Em 2023, foram retirados de circulação 957 quilos de cocaína, enquanto em 2024 o número subiu para 1,7 mil quilos. Este aumento representa um crescimento de quase 80%, destacando a intensificação do combate ao tráfico dessa droga no estado.

Crack

O caso mais impressionante, no entanto, é o aumento nas apreensões de crack. Este ano, o Paraná apreendeu 688 quilos da substância, um salto de 1.503% em relação aos 42 quilos apreendidos no mesmo período de 2023. Esse crescimento acentuado no volume de crack apreendido é um indicativo preocupante do aumento da oferta e da demanda por essa droga altamente viciante.

O aumento nas apreensões pode ser interpretado de duas maneiras: como uma evidência de que as operações policiais estão se tornando mais eficazes ou como um reflexo do aumento das atividades do tráfico de drogas. Especialistas sugerem que ambos os fatores podem estar contribuindo para os números crescentes. A intensificação das ações de fiscalização e o aprimoramento das técnicas de detecção e apreensão são fundamentais para lidar com a situação.

Além das medidas de combate ao tráfico, há uma necessidade crescente de políticas públicas voltadas para a prevenção e tratamento dos dependentes químicos. A combinação de estratégias de repressão e programas de apoio pode ser essencial para enfrentar o problema das drogas de forma mais abrangente.

Abordagem integrada

O cenário atual no Paraná destaca a urgência de uma abordagem integrada no combate ao tráfico de drogas, que envolve tanto a ação policial quanto a implementação de políticas de saúde pública e sociais. Com o aumento contínuo nas apreensões, fica claro que o estado enfrenta desafios significativos na luta contra o tráfico e o uso de substâncias ilícitas.

“Formamos policiais para atuarem com ampla análise de informações, investigações mais completas, patrulhamentos ostensivos e forte combate ao tráfico. Tudo isso, aliado ao trabalho de inteligência, fez com que o Paraná se tornasse o Estado com o maior número de apreensão de maconha no primeiro trimestre deste ano, uma marca bastante simbólica”, afirmou o secretário da Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira.

Oeste

O Oeste é a região onde as forças de segurança mais apreenderam maconha. Duas das Áreas Integrada de Segurança Pública (AISP) – forma como o Estado é dividido para análise criminal – que mais retiraram maconha de circulação se encontram nesta região do Estado, em Toledo e Cascavel, respectivamente.

Informações sobre crimes ou atividades suspeitas podem ser repassadas ao Centro Integrado de Denúncias 181, de maneira anônima, por meio do telefone 181 ou pelo site www.denuncia181.pr.gov.br. Neste caso, basta o cidadão acessar o ícone “Denunciar”, depois selecionar o tipo de crime e detalhar o que está ocorrendo. É necessário indicar endereço, ponto de referência, características do local e a forma como os crimes são praticados.

FOTO: AEN