A região oeste foi preterida de uma maneira cruel durante os dois governos Beto Richa. De duplicações ridiculamente cortadas em obras anunciadas pelo próprio ex-governador a investimentos que nunca saíram do campo de promessas, a região viu suas reivindicações serem proteladas ano após ano.
De vez em quando vinha um sopro de esperança, novas garantias, inclusive públicas, mas não que saíam do campo abstrato. E assim fomos sendo lesados, enganados…
A troca de governo reacendeu as esperanças de que agora, sim, o oeste seria visto e atendido. Por enquanto, continuamos no campo da fumaça. Seja do projeto do Aeroporto Regional, que recuou para análise com a promessa de que teria andamento na segunda metade do ano, seja do novo traçado da linha férrea que finalmente daria à Ferroeste condições de correr tudo aquilo que pode. E não se limitar a menos de 20% do que pode.
O que parecia certo virou incógnita. A elaboração do projeto foi minguando até que, vencido o prazo, ninguém apresentou a proposta que seria a base para abertura da licitação para a construção de mil trilhos que ligarão o litoral paranaense a Dourados, tirando a Ferroeste das mãos da Rumo.
Embora sem alarde, o governo garantiu que o projeto não será sepultado. Disse que pretende assumir e dar continuidade para discutir mais à frente o modelo de construção. Tomara não seja apenas mais uma promessa como todas as outras que o oeste já ouviu tantas vezes.
A região não pode mais aceitar ser rifada toda vez que uma pedra aparece no caminho.