Cascavel - O “Queixada” é um amigo conhecido por outros amigos por frequentar quase que diariamente, ao final das tardes, a rodinha de um confortável barzinho. Curioso é que o nome dele ninguém sabe, sabe-se apenas o apelido – Queixada – e nunca nenhum dos amigos procurou saber nem seu nome e nem mesmo a razão do apelido. Na roda de companheiros apenas se sabe que trabalha com venda de adubo. O Queixada é um sujeito calmo, fala pouco, ri das piadas de cada um, raramente se mete em assuntos que não conhece e, sempre ali, na mesa do bar, há à sua frente um copo, de pequeno pra médio, que chamam de “martelo”, com caninha misturada com Underberg. No dia, há muito tempo atrás, em que a quadrilha “da canhota” deu voz de assalto ao povo brasileiro, anunciando a CPMF – IMPOSTO SOBRE O CHEQUE – após a notícia dada pela televisão, o Queixada sorveu todo o conteúdo que restava no copo, colocou a mão no bolso de trás da calça, retirou um porta-documentos e, dele, retirou o talão de cheques. Devolveu o porta-documentos ao bolso e, ato contínuo, pegou o talão de cheques com as duas mãos e rasgou em pedaços o que dele restava. Devia haver no talão umas dez folhas ainda. Surpresos, nós, seus amigos, perguntamos a razão daquilo e o Queixada respondeu:
– “O meu esses vagabundos não vão levar”!
Levantou e jogou os picados que restaram do talão na lata de lixo. Foram em vão as explicações ao Queixada sobre a ineficácia de sua ação, esclarecendo que a exploração não se limitava a quem passasse um cheque e, sim, a toda sociedade brasileira, pois se tratava de aumento criminoso de impostos, aumento vergonhoso e imoral – algo como “a cara dos partidos da esquerda” e de seus deploráveis inquilinos e ainda dizíamos a ele que a inescrupulosa medida refletiria nos custos de tudo o que se precisa comprar, inclusive até no preço do “martelo com pinga” que ele acabara de consumir e pagar a dinheiro e não em cheque.
“Eu sei” – disse ele – “eu sei”, mas é preciso que todos façam algo, por menor que seja o gesto, como o colibri que, no incêndio da floresta, voava com um pingo d´água no bico e o soltava em cima do fogo, ação embora inútil, mas que era envolvida pelo conceito de que o mal precisava ser combatido, não importando o volume do gesto, tanto que o colibri, ao ser ironizado, respondia: “Estou fazendo minha parte”.
Assim é que, se continuarmos apenas a assistir o bando dos pixulecos demolir nossa Nação, sem nenhuma reação, como as do Queixada ou do colibri… nada mais poderemos almejar se não passarmos a viver em meio a escombros. E o que é pior… “em meio a escombros morais, principalmente.”
GRIFE
CBF pune rigorosamente juízes que erraram na última rodada do brasileirão. Ao saber disso, a Justiça séria do Brasil lambeu os beiços de inveja, lembrando do que há lá dentro do STF.
FOLHETINS
Luiz Inácio Lula da Silva sancionou na quinta-feira a chamada “taxa da blusinha”. O projeto prevê o Imposto de Importação para compras no exterior de até US$ 50 (cerca de R$ 268 pela cotação atual) por pessoas físicas. A medida foi apelidada de “taxa da blusinha” porque irá onerar o preço de compras de pequeno valor em sites competitivos, principalmente chineses.
Logo após deixar a presidência da Câmara, Lira compra mansão de R$ 10 milhões. Vai, povo, vota, pois Cristo não vem mais.
Em dado momento, quando da notável manifestação popular da Av. Paulista, o Pastor Silas Malafaia acusou os generais quatro estrelas de hoje de “frouxos, cambada de covardes que não honram a farda que vestem”. Gal. Amilton Mourão, ex-vice presidente – visto hoje como o “Quinta Coluna” da atualidade – e tido como integrante do atual esquema de descompasso constitucional, tenta, sem sucesso, a defesa dos – como disse – tais generais “frouxos, covardes e omissos”, na intenção nebulosa de redimi-los, rotulando Malafaia de “falastrão e de falta de escrúpulos”. Mourão, por paradoxal que possa parecer, faz lembrar Lenin e seu escárnio: “Xingue-os pelo que você faz, condene-os pelo que você é”.
MESA DE BAR
A humanidade está desprezando o que a ciência adverte como fatal. Um asteroide gigante aproxima-se em alta velocidade do nosso planeta Terra. As consequências serão, se nada for feito, de destruições comparáveis com a explosão de várias bombas nucleares. E todo mundo desprezando a tragédia que, repete-se: se nada for feito seremos destruídos dentro DO PREOCUPANTE PRAZO DE DUZENTOS E DEZ ANOS.