OPINIÃO

Coluna Isto Posto

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OS DOIS LADOS

Cascavel e Paraná - A meu ver dois pontos precisam ser reparados em torno do episódio chocante da morte de um adolescente, por ter ele roubado um chocolate de uma loja dos supermercado Muffato em Curitiba. Cada um desses dois pontos dessa ótica aqui registrada vincula-se a um dos dois lados da questão. E é um prá cá e outro prá lá.

O lado do protesto de parte de um grupo, com megafones no interior da loja, não foge da revelada circunstância ideológica. Protesto, pesares profundos, pedido de invólucro sério em torno da questão são compreensíveis e pertinentes, afinal há uma morte – algo nunca aceitável – sobre a questão. E antes de focar o segundo ponto, convenhamos, a solidariedade à família e a repulsa contra o ocorrido precisam ser aceitas… é um fato dolorido, mas o que nos parece não se ajustar ao ato é o que pode ser considerado exagero, ou seja, de pré-condenar como “assassinos” os que foram alcançados verbalmente pelo rótulo de “Muffato-asssassino”, pois aí está uma construção não verdadeira. Eles não são os assassinos…

Negligência na contratação de seguranças inabilitados até pode ser, e quem sabe será apurado pela justiça, mas o rótulo de “assassino”- literalmente não o são – por isso, creio ser exagerado o que foi produzido por um deputado de extrema esquerda, líder daquele movimento. O outro ponto, que nos pareceu inadequado, ajusta-se ao lado dos proprietários da Empresa Irmãos Muffato que, decidiram-se, e até publicaram na imprensa – pela iniciativa de buscar na Assembleia do Estado uma posição de solidariedade a eles, proprietários. Há uma morte na história e, se alguma solidariedade merece ser destacada, seria essa, primeiro e imperiosamente, destinada aos familiares da vítima que, afinal, perdeu a vida de um ente querido.

Assim, talvez pela falta de experiência em fatos dessa natureza, o primeiro ato dos proprietários da Empresa teria, obrigatoriamente, que ter sido da própria Empresa em amparo à família do morto. Acho até que teria sido recomendável terem usado nesse ato da comunicação, a TV Tarobá, de propriedade do grupo, órgão que até há pouco contava com credibilidade ampla, total e irrestrita, pelo menos até ter sido alterada em quase tudo relacionado com  sua atividade, pois contava com respaldo histórico e comportamental para tanto, pelo menos, repito, até ter sido alterada até mesmo em sua tradicional logomarca do indiozinho – que foi removida, embora sendo de tradição e, como tal, dona de um clima incontestavelmente favorável, podendo até então – como se exalta na linguagem popular – “Dar a cara prá bater” e, uma solidariedade à família da vítima, ao invés de procura-la para si mesma, pois queiram ou não e haja roupagem de brutalidade no invólucro, viria resguardada pelo histórico da Tarobá, de propriedade hoje da família Muffato, de empatia com a opinião pública.

Assim é que, encerrando aqui uma opinião, o fato ocorrido foi triste, brutal, chocante, lamentável e, embora sabendo-se irreparável – não há numa circunstância dessa, outra rota se não a de hipotecar a solidariedade pretendida à família da vítima.  

GRIFE

Na Selva a nossa conhecida lenda nos conta que havia o Tarzan e o leão. Mandava na selva quem tinha a faca. Fora da selva… hoje por aqui, manda quem tem o fuzil…e … ou… o tanque.

MESA DE BAR  

A origem do IPTU vem do tempo do império, criação da mãe de D. Jõao VI, que tinha como um dos apelidos “Maria vai com as outras”. É que por não regular bem, andava sempre acompanhada das damas de companhia. Mas o apelido mais consagrado dela era outro. Era:

– “Maria Louca”… Pois era louca mesmo. Mas sua criação permanece até hoje, o IPTU um imposto que não se deve, mas que todos pagam e é sustentado como uma espécie de aluguel sobre algo do qual se é dono. Assim é que: IPTU é coisa de “Maria Louca” e de quem SE FAZ DE LOUCO prá aumenta-lo e passar bem.  

– Garçom…Mais uma gelada, por favor!!!