Curitiba – Com a premissa de conseguir tarifas 50% mais baratas que as atuais e investimentos necessários e esperados há décadas, o grupo que estuda o novo modelo das concessões de rodovias do Paraná desde o último dia 13 deve focar em tecnologia para que isso seja alcançado. E, com isso, o Estado poderá ter algumas rodovias mais modernas do País.
Uma delas diz respeito ao fim das praças de cobrança e cancelas. O sistema free-flow já é usado fora do Brasil, principalmente nos Estados Unidos e na Europa e tem no Chile um dos exemplos de maior eficiência, precursor na América Latina. No Brasil há apenas um ponto de teste em São Paulo.
E como funciona? Os veículos não param para cobrança de pedágio. Portais, com sensores e câmeras, registram a passagem e a tarifação eletrônica permite o pagamento proporcional aos quilômetros percorridos na via.
Essa tarifação eletrônica pode ser incentivada, conforme os primeiros levantamentos, a partir de pedágios mais baratos para quem tem sensores no veículo.
Outra possibilidade em estudo é o desconto gradativo para quem mais usa a rodovia. A ideia é que quem more perto dos pontos de cobrança e precise se deslocar de uma cidade para outra e os próprios motoristas profissionais, dependentes das estradas, tenham algum tipo de amortização para que as tarifas não fiquem tão pesadas no orçamento. A forma como o desconto gradual seria aplicado está em avaliação.
Há ainda opção de tarifas diferenciadas para rodovias de pista simples e duplicadas. Para quem quer rodovias melhores e sem congestionamento há ainda a possibilidade de valores mais caros para vias de trânsito rápido, aos moldes do que é praticado na região de Miami.
Conclusão
A comissão de estudos para a nova concessão do Anel de Integração do Paraná e novas rodovias federais, totalizando 4,1 mil quilômetros, foi oficialmente criada dia 13 de setembro e tem nove meses para apresentar o novo modelo que servirá de base para o edital de licitação a ser lançado em 2020, visando definir as empresas no fim de 2021, quando acaba o prazo das concessões atuais.
Ao custo estimado de R$ 62 milhões, o trabalho será feito pela EPL (Empresa de Planejamento e Logística), estatal federal, em parceria com o IFC (International Finance Corporation), braço do Banco Mundial para financiamento de projetos de infraestrutura.