Brasília – O presidente Jair Bolsonaro afirmou nessa segunda-feira que a reforma administrativa deve ficar para 2021, devido à pandemia do novo coronavírus e das eleições, programadas para o fim do ano. Ele disse também que é necessário uma “guerra de mídia” para conseguir aprovar o projeto. As afirmações foram dadas na “BandNews TV”.
“O segundo semestre acho que acaba em novembro, por que [têm] as eleições, né? Então, com certeza, fica para o ano que vem”, disse ao ser questionado sobre a proposta.
Bolsonaro defendeu que é necessário fazer um plano de mídia, enquanto elabora a proposta de reforma na administração pública, para não chegar ao “final da linha algo completamente distorcido”.
“Por exemplo, nós não queremos acabar com a estabilidade dos servidores, mas, a partir do momento que você bota na proposta que a partir de agora não vai ter mais estabilidade, o que chega para todos os 12 milhões de servidores do Brasil é que estão acabando com a estabilidade deles, então é um desgaste muito grande”, explica.
O presidente também disse que a reforma tributária, outra pauta importante para a equipe econômica do governo, está sendo discutida há 30 anos, mas nunca foi aprovada, devido aos diferentes interesses dentro do Parlamento. Mas que o ministro da Economia, Paulo Guedes, estaria caminhando para uma proposta que “possa ser aprovada”.
“A reforma tributária é complicada porque, quando entra no Parlamento, os interesses dos governadores, dos prefeitos, do próprio governo federal, de outros grupos… É o que eu falo pro Paulo Guedes: tem que ser uma reforma que possa ser aprovada. O Paulo Guedes está caminhando nessa direção. A reforma perfeita nós estamos tentando há 30 anos pelo menos”.