Toledo – Obedecendo ao prazo limite de 28 de fevereiro estabelecido em TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado pelo Município de Toledo e o Ministério Público ainda no ano passado, a prefeitura entregou no fim da tarde de ontem documento que relaciona os trabalhos e a tratativa sobre a gestão do Hospital Regional.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Denise Liel, a primeira opção que se trabalhava era da gestão a partir da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), mas essa proposta continuaria, segundo ela, em análise pela instituição e aguarda anuência do Ministério da Saúde para a liberação do prédio que comportará o HR.
Apesar de concluída em 2016, a estrutura física nunca utilizada e ainda depende de diversas reformas e reestruturação. Os reparos vão custar R$ 11 milhões e as obras nem mesmo foram licitadas. O mesmo TAC determina que o funcionamento do hospital deve ocorrer até 1º de agosto deste ano, sob risco de aplicação de multa cumulativa diária.
Se a anuência do Ministério da Saúde tivesse ocorrido, seria possível fazer, de acordo com Liel, a transferência do hospital para a UFPR (Universidade Federal do Paraná), mas essas ainda são questões que precisam ser avaliadas.
Plano B
A segunda possibilidade de gestão, esta apresentada ao MP, envolve a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), a UFPR (Universidade Federal do Paraná), a Funpar (Fundação de Apoio à Universidade Federal do Paraná) e os 18 municípios que integram a 20ª Regional de Saúde que deverão ser beneficiados pela estrutura. “[De modo que] estes quatros entes tivessem um trabalho relacionado à gestão [do hospital regional] nos mesmos moldes do Hospital do Trabalhador de Curitiba”, afirmou a secretária, sem detalhar a forma de gestão utilizada na unidade da capital do Estado.
Segundo Liel, esse compromisso de gestão foi acordado em reunião no dia 26 de fevereiro, envolvendo representantes da Sesa, autoridades dos municípios da 20ª Regional, representantes da Funpar e reitoria da UFPR.
Um grupo de trabalho foi criado para estabelecer os próximos passos. As ações deverão iniciar em março.
Não se descarta ainda a participação da Ebserh na administração. O diretor da instituição teria, segundo a secretária de Saúde, comprometido-se a visitar Toledo e conhecer a estrutura: “No decorrer das atividades, lá na frente, pode ser um parceiro importante. Agora se precisa focar em abrir o hospital o mais rápido possível”, destacou.
Reportagem: Juliet Manfrin