Esportes

Vasco fica no empate com Oeste, mas se isola na liderança

26778679414_d0c6b6a97d_b.jpgFoi certamente o adversário mais difícil do Vasco nestas primeiras cinco rodadas da Série B. Com imposição de seu estilo de toque de bola e movimentação, o Oeste não se intimidou diante do líder da competição e fez um bom jogo, mas não o suficiente para derrotar o time vascaíno. Não é, de fato, tarefa fácil: o empate (1 a 1), na noite desta terça-feira, em Barueri, foi o 32º jogo seguido da equipe comandada por Jorginho sem conhecer a derrota.

TABELA: Confira os jogos e a classificação da Série B

Beneficiado pela derrota do Atlético-GO para o Luverdense, o Vasco se isolou na ponta, agora com 13 pontos. No sábado, o time recebe o Goiás em São Januário para dar sequência à série de invencibilidade.

A regularidade de Nenê tem sido tamanha que era absolutamente esperado que ele brilhasse mais uma vez, mas não se esperava que fosse tão cedo. Na primeira vez que o Vasco foi à frente, logo na saída de bola, a zaga do Oeste rebateu, Yago Pikachu devolveu a bola pelo alto, na ponta esquerda, e Nenê deixou ela quicar para acertar um belo chute de primeira, com apenas 23 segundos de jogo. Foi o oitavo gol do camisa 10 na Série B, artilheiro isolado, e seu 15º na temporada. Com cinco meses transcorridos, Nenê já fez mais gols em 2016 dp que os maiores artilheiros do Vasco nas três temporadas anteriores: 2013 (André, 12 gols), 2014 (Douglas e Edmilson, 14) e 2015 (Rafael Silva, 10).

Assim como é bem conhecida a fase espetacular de Nenê, o estilo de jogo do Oeste comandado por Fernando Diniz não fugiu ao habitual. Assim como fazia o Audax no Campeonato Paulista (técnico e a maioria dos jogadores se transferiram para o Oeste para disputar a Série B), o time saía jogando trocando passes desde a defesa, e sempre com vários jogadores no campo ofensivo. A ousadia de Fernando Diniz é vista desde a escalação, na escolha por jogadores que sabem jogar. Danielzinho, que era atacante em seus times anteriores, como o Atlético-MG, no Oeste veste a camisa 5 e joga de volante.

Sabendo do estilo do Oeste, os jogadores do Vasco tinham nitidamente a orientação de avançar a marcação e pressionar a saída de bola, sabendo que os jogadores adversários não apelariam ao chutão. A estratégia chegou a funcionar uma ou outra vez, mas embutia um perigo: quando o Oeste conseguia avançar até o campo de ataque trocando passes, encontrava bastante espaço para evoluir. Durante a maior parte do tempo, o time do interior paulista teve domínio da partida, e chegou ao empate aos 28 minutos, com gol de Francisco Alex, num lance em que havia pelo menos cinco jogadores do Oeste nos arredores da área vascaína.

O Vasco ainda teve duas chances claras, com Nenê e Jorge Henrique, mas o empate era um resultado justo no intervalo. Jorginho trocou Julio dos Santos pelo volante recém-contratado ao Madureira William Oliveira, para aumentar o fôlego do meio-campo vascaíno na marcação no segundo tempo. Mas o panorama não mudou muito. O Oeste tinha mais a posse de bola, e trocava muitos passes. De tanto correr atrás da bola, o Vasco pareceu ter cansado após os 30 minutos. Abdicou da tática de pressionar a saída de bola rival, mas manteve sempre a organização defensiva, o que impedia que o domínio do Oeste se transformasse em chances claras de gol.

A vitória quase acabou ficando com o Vasco quando, já aos 41 minutos, William Oliveira acertou chute de pe direito que foi salvo em cima da linha por um zagueiro do Oeste.