Esportes

Seleção usa criatividade para se adaptar à rotina olímpica

Antes de brigar pelo ouro, o exercício de jogadores e comissão técnica da seleção brasileira é o da adaptação à realidade olímpica. Ao menos no futebol, um mundo bem distinto do experimentado por quem vive na elite do jogo.

Nesta quarta-feira, a seleção usou, em três dias de trabalho em Brasília, o terceiro campo de treino. A designação é feita de véspera, pelo comitê organizador. Na terça-feira, foram 35km de ônibus até o estádio Bezerrão, no Gama. A CBF pediu ter um campo fixo, mas não foi atendida.

Também foi proibido treinar no local do jogo, por causa de cuidados com o gramado do Mané Garrincha, que terá rodadas duplas no torneio.

Ter só 18 jogadores inscritos obriga o técnico Rogério Micale a “inventar” treinos. Habituados a torneios de base, ele e o coordenador Erasmo Damiani lembravam que, mesmo no Mundial Sub-20 da Fifa, são permitidos 21 jogadores – na Copa do Mundo são 23.

O Brasil sonha ser primeiro em seu grupo. Assim, se for à semifinal, voltaria à Granja Comary e poderia chamar atletas da base para completar treinos. Até lá, a maratona: prevê quatro jogos em dez dias, além de viagens a Salvador e São Paulo. Vencer a África do Sul e o Iraque, permitirá poupar jogadores na terceira rodada. Mas nem todos, afinal são só 18.