RIO – Eram 10h34m quando Arthur Zanetti tocou nas argolas pela primeira vez, em
frente aos juízes. A equipe masculina de ginástica artística, que tem no campeão
olímpico sua principal chance de medalha, chegou, na manhã desta quarta-feira,
ao ponto mais alto do treinamento visando a Olimpíada do Rio. O treino de pódio,
que serve para que os técnicos façam os últimos ajustes e os árbitros conheçam a
série dos atletas, para ajustarem as notas de partida, foi o primeiro contato
dos ginastas com o cenário que encontrarão no sábado, primeiro dia de competição. A diferença ficou por conta das arquibancadas, ainda vazias.
Na avaliação da comissão técnica, foi um treino positivo. Agora, de acordo
com o técnico Renato Araújo, é momento de acertar detalhes: angulações de
movimentos e chegadas ao solo.
? Houve alguns erros, que são normais, porque foi o nosso primeiro contato
com o ginásio. É hora de a gente tirar essas dúvidas (com os árbitros) e se
adaptar com a iluminação, a cor do colchão e o reflexo que dá, principalmente na
parte acrobática. Agora a gente não faz mais treino forte (até a estreia), é só
sintonia fina ? explicou.
Sérgio Sasaki, visto como uma
possibilidade de medalha no salto, chegou a sentir o joelho após aterrissar de
mau jeito, mas não preocupa.
? Eu queria ter chegado em pé. É um salto que não dá para fazer dez vezes.
Caindo normal já machuca. Eu subo muito e, quando caio, é pesado. Caí já um
pouco chateado, por não ter acertado naquele momento, mas o Renato (Araújo) e a
comissão gostaram do salto. Só faltou mais atitude na hora de chegar, mas a dor
vai me acompanhar sempre ? disse.
Por precaução, Sasaki foi
poupado da apresentação no solo, mas não deverá ter problemas para competir no
sábado. Zanetti e Diego Hypólito, preservados pelo técnico Marcos Gotto, informaram que só vão conversar com os
jornalistas após a estreia.
