Esportes

Porta-bandeira da Argentina chega com reclamação e melancolia

RIO – Rival direto do Brasil, a seleção de basquete argentina treinou no início da
tarde desta quarta-feira pela primeira vez no Parque dos Atletas. Na véspera, o
time tinha uma treino agendado no local à noite, mas foi obrigado a cancelar
devido ao atraso no voo. Um dos principais nomes do time e porta-bandeira da
Argentina na Cerimônia de Abertura, na sexta-feira, Luis Scola reclamou
do excesso de viagens.

? Estamos todo o tempo viajando. Cada vez damos um passinho e perdemos quase
40% da preparação ? disse o pivô do Brooklyn Nets, fazendo referência aos amistosos disputados
nos Estados Unidos e na Argentina antes da vinda ao Rio.

Ouro em Atenas-2004 e bronze em Pequim-2008, Scola falou sobre a disputa de mais uma Olimpíada.
A equipe está no Grupo B, considerado o grupo da morte, com Espanha, Lituânia,
Brasil, Croácia e Nigéria.

? (A Olimpíada) é parecida com as anteriores, mas agora tenho mais
consciência de tudo. Por saber que esse é o final, tem um pouco de melancolia ?
disse o jogador de 36 anos.

Aos 39 e também referência da geração dourada do basquete argentino, Manú Gonóbli fez
um discurso para os companheiros após o treino e saiu aplaudido. Ele mostra
entusiasmo com seus últimos Jogos Olímpicos, o quarto da carreira.

? É incrível estar com 39 anos e aproveitando ? disse o jogador, que é
tetracampeão da NBA pelos San Antonio Spurs, mas
valoriza a Olimpíada. ? É um feito gigante, as duas medalhas olímpicas são duas
das minhas maiores conquistas. São experiências bonitas. É incrível.