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Paratletas de Cascavel vão disputar o Mundial de Taekwondo no México

Paratletas de Cascavel vão disputar o Mundial de Taekwondo no México

Três paratletas cascavelenses irão disputar o Campeonato Mundial Para Taekwondo no México. A competição será realizada na cidade de Vera Cruz, entre os dias 21 e 24 de setembro.
O professor Edimar Vieira é o responsável pelo treinamento dos paratletas cascavelenses, que integram a Associação Juventus, parceira da N1, academia na qual ocorrem as aulas. No ano passado, eles foram campeões brasileiros da modalidade, o que garantiu a vaga no Campeonato Mundial. Além dos cascavelenses convocados, a equipe brasileira é composta por mais seis paratletas.
Os cascavelenses foram os três primeiros brasileiros com Síndrome de Down a conquistar a faixa preta no Taekwondo. Eles praticam a modalidade há cinco anos e, nesse período, já disputaram diversos campeonatos estaduais e nacionais. São os atuais campeões paranaenses, brasileiros, sul brasileiros e do PARAJAPS.
Para participar do Campeonato Mundial no México, uma ação entre amigos no valor de R$ 10 está sendo vendida para arrecadar fundos. O prêmio para o ganhador será um aparelho de celular Samsung. O sorteio acontece no dia 15/09, no Centro de Treinamento N1, e será transmitido ao vivo, na página do Instagram Olhar Down. Para ajudar a equipe, é só entrar em contato pelo fone (45) 99126-3700 (Márcia Martignoni).
O papel da arte marcial nos portadores de Síndrome de Down
O impacto da luta marcial na reabilitação e promoção da saúde dos portadores de Síndrome de Down é bastante positivo e notado por todos os que convivem com eles. Márcia Martignoni, mãe do lutador Kevin Martignoni, aponta melhoras significativas no equilíbrio do filho após a prática do taekwondo, além do senso de disciplina adquirido e as mudanças na socialização com os colegas, entre outros aspectos.
Geovana Silvestri, tia da representante feminina do trio cascavelense Beatriz Silvestri, afirma que os benefícios do taekwondo na vida da sobrinha foram vários, especialmente no que diz respeito à socialização. “Antes da luta, ela só ficava em casa, com o celular. Não queria sair. Mudou completamente nesse sentido”, conta Geovana, acrescentando ainda a melhora no equilíbrio, elasticidade corporal e fortalecimento da musculatura de Beatriz. “O aspecto emocional também foi um fator importante, pois agora ela se sente pertencendo a um grupo, uma modalidade esportiva, com um objetivo maior na vida”, complementa Geovana.
O paratleta Eduardo Sartori Fillus nunca permitiu que a Síndrome de Down fosse uma barreira entre ele e a atividade física. “Ele sempre foi esportista, praticou várias modalidades. Acabou escolhendo o taekwondo, onde se identificou e viu mais resultados na melhora do equilíbrio, postura e coordenação motora. Isso sem falar na disciplina, memória e saúde mental. Os mestres também sempre foram muito próximos, mostrando a ele potencialidade para buscar mais resultados”, conta Suzani Sartori Fillus, mãe de Eduardo. Ela destaca ainda as amizades feitas graças à luta marcial. “Um ajuda o outro”, diz Suzani.