O futebol brasileiro perdeu um de seus nomes mais emblemáticos. Valdir Espinosa não resistiu a problemas respiratórios após uma operação no estômago e morreu nesta quinta-feira (27) aos 72 anos, no Rio de Janeiro. Ele havia se licenciado do cargo de gerente de futebol do Botafogo para fazer uma cirurgia. A reportagem é do Portal Terra.
Nascido em Porto Alegre no dia 17 de outubro de 1947, Valdir Atahualpa Ramires Espinosa deu seus primeiros passos como jogador no Grêmio em 1968. Inicialmente lateral-direito, Espinosa aos poucos foi se firmando entre os titulares da equipe e teve como contemporâneos o zagueiro Ancheta, o meio-campista Tornio e os atacantes Flecha, Scota.
Deixou o Tricolor gaúcho e, em 1973, desembarcou no Vitória. No Leão da Barra, Espinosa foi comandado por Carlos Castilho (ex-goleiro e hoje nome do CT do Fluminense) e atuou tanto na lateral direita quanto na esquerda. O time baiano, que tinha os atacantes André Catimba e Osni, proporcionou o primeiro encontro dele com um de seus grandes amigos no futebol: o meia Mário Sérgio, referência no Vitória e que, posteriormente, foi comandado por Valdir Espinosa no Grêmio.
Em 1974, Espinosa voltou a mudar de ares. Então mandatário do CSA, Fernando Collor de Mello apresentou o lateral como uma das contratações de peso da equipe para a disputa do Campeonato Estadual. E não decepcionou: o Azulão do Mutange, que tinha ainda o zagueiro Walmir Louruz, o meias Soareste e Djair e os atacantes Misso e Ricardo, foi bicampeão alagoano.
Logo depois, Espinosa experimentou o outro lado de rivalidade alagoana, ao transferir-se para o CRB. No Galo da Pajuçara, teve como colegas o goleiro César e o atacante Joãozinho Paulista e sagrou-se campeão estadual em 1976. Seu técnico na época, Jorge Vasconcelos profetizou que, um dia, Valdir Espinosa se tornaria treinador.
De volta ao futebol gaúcho, o lateral encerrou sua trajetória no Esportivo, onde atuou por cerca de um ano antes de ir para a beira do gramado.