Na despedida da Arena da Ilha, o Botafogo aumentou o jejum de vitórias para cinco partidas. Num jogo com dribles bonitos, de ambos os lados, o alvinegro apenas empatou com a Ponte Preta,em 1 a 1, ontem, no Estádio Luso-Brasileiro. O resultado impediu que o time garantisse a vaga na Libertadores, mas o manteve em sexto lugar. Na última rodada, a equipe enfrentará o Grêmio, em Porto Alegre.
? Nós tentamos fazer o gol, mas não conseguimos ser efetivos na última bola ? disse o lateral Victor Luís.
Até então há quatro jogos sem vencer, o Botafogo tinha a chance de se recuperar em casa e, de quebra, praticamente confirmar a a presença na libertadores, independentemente de outros resultados. Assim que o pontapé inicial foi dado, ficou claro que os jogadores não estavam dispostos a entregar o ouro aos adversários logo abaixo na tabela.
TABELA: Jogos e classificação da Série A
O volume de jogo no ataque, formado por Sassá e Neílton, permitia que a torcida, em bom número na Arena da Ilha, sonhasse com uma vitória fácil. Ainda mais quando, aos 16 minutos, Lindoso pegou rebote, chutou a gol e Sassá deu um leve desvio na bola, que tirou o goleiro Aranha do lance.
Porém, a lenta defesa não deixava comemorar nada antes do tempo. A Ponte deu trabalho em jogadas individuais. A primeira veio com Rhayner, que driblou dois jogadores do Botafogo, com direito a bola entre as pernas de Renan Fonseca, mas foi parado por Diogo Barbosa.

A vantagem numérica, no entanto, não deu a tranquilidade necessária para o time de Jair Ventura não levar sustos bobos no segundo tempo. O time até tocou a bola, e esperou o momento certo para atacar com precisão. Porém, recuou demais, reduziu o ritmo e não conseguiu controlar o ensaboado Rhayner, que, aos 13, girou bem e bateu para defesa de Sidão. O castigo veio aos 20. A bola foi levantada na área, Matheus Jesus furou e a bola acabou na cabeça de William Pottker.
O gol fez a bola queimar nos pés dos jogadores alvinegros. Aos 25, o Botafogo teve ótima chance, mas Sassá e Neílton, com a bola na área, não se decidiram quem iria chutar e a defesa cortou. E não teve muito mais que isso. Nem mesmo as mudanças promovidas por Jair Ventura, como a entrada de Nuñez, acertaram o time. A equipe tentou a vitória no abafa, e o máximo que conseguiu foi um chute de Camilo, de longe, aos 39, para defesa de Aranha. Quase tomou a virada, quando Sidão foi para área tentar o gol de cabeça e Matheus Jesus pegou o contra-ataque, nos acréscimos. Victor Luís salvou e o jogo acabou sob vaias da torcida.
BOTAFOGO 1 X 1 PONTE PRETA
Botafogo: Sidão, Victor Luís, Renan Fonseca, Emerson Santos e Diogo Barbosa; Aírton (Vinícius Tanque), Dudu Cearense (Rodrigo Pimpão), Rodrigo Lindoso e Camilo; Neílton (Gervásio Núñez) e Sassá.
Ponte Preta: Aranha, Nino Paraíba, Douglas Grolli (Jeferson), Antônio Carlos e Breno Lopes; João Vitor, Matheus Jesus e Ravanelli (Zé Roberto); Clayson, William Pottker (Fábio Ferreira) e Rhayner.
Gols: 1T: Sassá aos 16m; 2T: William Pottker, aos 20m.
Juiz: Wilton Pereira Sampaio (GO).
Cartões amarelos: Diogo Barbosa, Douglas Grolli, João Vitor, Rhayner, Airton, Dudu Cearense, Neilton e Camilo
Cartão vermelho: Clayson.
Público pagante: 11.118.
Renda: R$ 212.385,00
Local: Arena Botafogo (Ilha do Governador).