Após a identificação de integrantes da Torcida Jovem do Flamengo como suspeitos de terem matado o torcedor do Botafogo Diego Silva dos Santos, no dia 12 de fevereiro, em briga com alvinegros no entorno do Estádio Nilton Santos, o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) vai pedir ao Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos a proibição da entrada dos membros dessa organizada nos estádios do Rio. Atualmente, apenas a Torcida Jovem do Vasco está punida de ir aos jogos. Tanto a Jovem do Flamengo quanto a Raça Rubro-Negra cumprem apenas medidas administrativas. No caso, não podem usar material que as caracterize, como bandeiras e camisas.
O comandante do Gepe, Major Silvio Luiz, afirmou que quase todos os suspeitos são conhecidos da polícia e, constantemente, estão envolvidos nas brigas entre as organizadas. Porém, as punições previstas são brandas. Após serem detidos pela PM, são soltos por falta de provas. Segundo o major, há um código entre os membros das organizadas para evitar a identificação dos agressores.
? Eles vão aos estádios ou se encontram no entorno apenas para brigar. Por isso, há esse acordo de não se entregarem quando são presos e torna muito difícil saber exatamente quem cometeu os crimes. Somente em casos extremos, como lesões corporais graves e mortes, que as investigações são mais aprofundadas. Nem sempre, no entanto, são punidos por muito tempo – explica o comandante.
Dos oito suspeitos de terem participado da morte do alvinegro, três ainda estão foragidos. Entre eles, o presidente da Torcida Jovem do Flamengo, Wallace Mota, conhecido como Tabajara.