Mesmo ciente de que a pandemia não está controlada no Estado e que cidades têm adotado medidas mais rígidas no combate ao novo coronavírus, como a limitação de atividades em Curitiba, a FPF (Federação Paranaense de Futebol) defende que o futebol profissional está pronto para ser retomado no Paraná. Tanto, que, em videoconferência, nesta sexta-feira (26), com representantes das oito equipes que seguem na disputa, confirmou o reinício do Paranaense para o dia 15 de julho.
A volta, daqui a 19 dias, será com portões fechados ao público e com acesso ao campo de jogo restrito, mas com todas as partidas da fase final do campeonato transmitidas pela DAZN, detentora dos direitos da competição. O presidente da Federação, Hélio Cury, também explicou que todos os envolvidos nos jogos serão testados 48 horas antes das partidas.
Antes da reunião, durante a tarde, ele já havia defendido a retomada do Paranaense. “O futebol está muito bem calçado, estruturado, o pessoal tem dado toda a estrutura aos jogadores. O futebol não é o grande vilão da história e está pagando uma conta que não é nossa”, declarou em entrevista à “Rádio Banda B”.
Cury também revelou que não gostou da associação feita entre o jogo Flamengo x Bangu e as mortes ocorridas no Maracanã, na retomada do Carioca, na semana passada, e que em seguida foi novamente suspenso – agora está outra vez liberado.
“Vi uma barbaridade dizendo que o Flamengo jogou e morreram duas pessoas. Se o Flamengo não jogasse, então não morreriam? Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Jogaram sem público e aconteceu essa fatalidade. Não é o único estádio que tem hospital perto”, disse.
O dirigente também viu como injusta ao Athletico a proibição da Prefeitura de Curitiba aos treinos na cidade, pois os rivais Coritiba e Paraná Clube têm treinado normalmente em seus respectivos CT’s na região metropolitana, além dos times do interior, que realizam atividades preparatórias.