Por muitos anos ele foi o faz tudo o automobilismo de Cascavel e do Paraná. Formava com o saudoso Darci Damian uma das duplas mais atuante das pistas, e era o braço direito do também saudoso Ildo Rebelatto nas direções de provas. Era pau para toda obra, sempre à disposição e pronto a ajudar quem precisasse. Ele é Roberto Jaime Milani, mais conhecido por Baio Milani. Cidadão cascavelense que hoje residindo em Lucas do Rio Verde, no norte do Mato Grosso, Baio deixou o automobilismo há 25 anos. É um dos pioneiros do automobilismo de Cascavel, figura histórica que merece ser valorizada.
Quem ia ao autódromo de Cascavel e não visse Baio bandeirando na saída dos boxes, logo exclama: “há algo de errado, o Baio não está à posto”. Por muitos anos Baio foi comissário técnico ou desportivo e diretor de prova adjunto, na maioria das vezes formando dupla com Ildo Rebelatto, mas atuou também com diretores nacionais, entre eles com Carlos Montagner. Trabalhou em todas as competições locais e estaduais e em provas nacionais como Fórmula Ford e Stock Car, e internacional como a Fórmula 3, seja em Cascavel ou em Curitiba.
Luta para viver
Em 2006 Baio foi diagnosticado com um câncer de pele no rosto, o que levou a fazer tratamento na Uopecan, em Cascavel; em Barretos (SP) e em Cuiabá (MT). Foi uma luta pela vida nos últimos 18 anos, mas sem nunca perder o otimismo e a confiança. E a luta valeu a pena, depois de cirurgias na região do nariz e perder a visão do olho direito, Baio recebeu recentemente uma boa notícia. Houve uma remissão do câncer e sua melhora física já é observadas pela pessoas que estão próximas a ele.
E o otimismo de Baio já faz programar uma viagem a Cascavel para daqui a 20 ou 30 dias. “Vou a Cascavel visitar os irmãos e quero visitar o visitar o Orlando Chemin, o Peixinho e o Paiva. Quero ver todos os amigos e recordar os bons tempos do automobilismo”, acentua Baio.
Saudades
Baio diz ter muitas saudades dos amigos que fez no automobilismo e em breve desejar acompanhar alguma corrida no autódromo Zilmar Beux. “Quero ir ao autódromo, rever amigos as antigas. Quero ir em uma corrida da Stock Car, quero falar com o Ricardo Zonta, trabalhei em muitas corridas dele no kart e na Fórmula 3. Ele chegou a Fórmula 1, torci muito por ele, mas desde que ele foi para a Europa não tive mais contatos até porque estava completamente envolvido com o meu tratamento. Lembro de muita gente, mas o Damian e o Ildo Rebelatto estão na minha cabeça todos os dias. Quando foi a Cascavel tenho a impressão de que vou encontra-los lá no botequim do Damian, como ele chamava o seu Autocenter”, finaliza Baio, que com 72 anos, ocupa boa parte do seu tempo para curtir a família, esposa, filhos e seis netos.