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Bacião é desafio para os pilotos do Moto 1000GP

Michel Abboud considera que para fazer bem a curva é necessário muito treino

Bacião é desafio para os pilotos do Moto 1000GP

O grid do Moto1000GP terá que contar com uma pitada extra de coragem na 4ª etapa do campeonato, que será disputada de 25 a 27 deste mês no Autódromo Zilmar Beux de Cascavel. Além da técnica e da habilidade na pista, terão de se superar no contorno na lendária Curva do Bacião, considerada a mais desafiadora do Brasil, apesar de que há quem a julgue mais suave e menos perigosa depois do aumento da área de escape.

O Bacião é uma curva de raio longo de 180 graus e 300 metros de extensão de contorno. Conta com duas oscilações no seu trecho, como se fossem outras tomadas dentro da curva. Localizada no fim da reta dos boxes, em sentido anti-horário e em descida, ela passa a sensação de um mergulho ao desconhecido, sob a presença de muros e árvores.

Para Alexandre “El Toro”, piloto da Procomps Xl Race Team na categoria GP1000 Master, o Bacião é um desafio particular na pista paranaense. “A pista já é muito rápida e desafiadora, mas o Bacião é um desafio em particular. Não conheço um só piloto que não sentiu aquele “frio na espinha” ao encarar o Bacião em uma corrida. Precisa ser bem destemido para continuar acelerando no ponto cego até depois da linha inicial da descida onde tem um pórtico, frear forte numa inclinação negativa e entrar na curva inclinada em alta”, considera ele.

Para Michel Abboud (Norte Minas Racing Team), também da GP1000 Master, fazer bem a curva é essencial para um bom tempo. “O Bacião é muito desafiador, tem que treinar bem na pista para fazer um bom tempo. Quem faz o Bacião bem feito e tem coragem de acelerar até mais dentro da curva faz um tempo bom na pista”, comenta Abboud.

Para Alan “Galego” Souza, piloto da GP1000 Open, a sensação de fazer a fazer compensa o medo. “O Bacião assusta, é um autódromo muito desafiador e você sentir que sua moto decola é uma sensação ao mesmo tempo maravilhosa e de medo também. Nas primeiras vezes, as primeiras entradas na curva dão medo. A sensação da curva é maravilhosa, mas deve ser feita muita cautela por ser uma curva super rápida”, considera ele, que corre pela equipe 77 Galego Racing Team

Foto: Divulgação