Educação

Dicas para encarar a transição do 5º para o 6º ano

O apoio da família também é essencial para ajudar os filhos a encararem de forma mais tranquila as demandas que a nova fase apresenta.

O aumento no número de professores, na quantidade de tarefas e nos horários das aulas são mudanças muito significativas para os estudantes que passam do 5º para o 6º ano do Ensino Fundamental.

É uma transição importante para as crianças, que altera a rotina que havia até então, demandando inserção em uma nova realidade que demanda mais responsabilidade e autonomia.

Entre os maiores desafios, estão a troca de professores a cada 50 minutos, um acréscimo na quantidade de trabalhos e conteúdos, além da organização dos estudos, que passam a ficar mais sobre a responsabilidade dos próprios alunos. “Nesse momento de transição, eles ainda buscam muito a aprovação do professor, por isso, o docente precisa estar preparado para incentivar o desenvolvimento da autonomia”, ressalta a coordenadora do Ensino Fundamental Anos Iniciais do Colégio Marista Pio XII, em Ponta Grossa, Cibele Bastos Guaringue.

O apoio da família também é essencial para ajudar os filhos a encararem de forma mais tranquila as demandas que a nova fase apresenta.

A coordenadora enfatiza que as mudanças exigem amadurecimento dos alunos, mas lembra que, por outro lado, os pais devem continuar acompanhando a vida escolar dos filhos, já que eles ainda não têm condições de fazer tudo sozinhos.

Por isso, a recomendação é de que a família também se organize, adaptando o cotidiano de acordo com as necessidades das crianças. É possível, por exemplo, propor uma experiência no 6º ano para que elas se aproximem do cotidiano dos anos finais do Ensino Fundamental e a família sempre estar presente em reuniões da escola. “Quanto mais os pais estiverem seguros, melhor será para os filhos”, lembra a coordenadora.

Além disso, manter o diálogo aberto e compartilhar experiências sempre é uma boa ideia. “Contar para o filho sobre como foi a transição na sua infância oferece a confiança de que se trata de um processo natural”, aconselha Cibele.

Propor pequenas situações cotidianas em casa, dando atribuições que desenvolvam a responsabilidade, também ajuda a fortalecer a autonomia. “Indico acompanhar os filhos nas primeiras semanas de aula, até que eles estabeleçam uma rotina na organização dos materiais, tarefas e trabalhos. Isso é dar autonomia, mas de forma monitorada”, conclui.