Cascavel – O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, apresentou aos membros do Codesc (Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel), o projeto para a construção de um terminal de cargas no Aeroporto de Cascavel. Segundo Paranhos, o projeto foi desenvolvido pela Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) e estaria estimado em mais de R$ 100 milhões.
Segundo informou o prefeito, a proposta já está sendo discutida com a Infraero há algum tempo, no entanto, ele ainda precisava apresentar o estudo para os empresários de Cascavel e ao Codesc. “Vim aqui com a nossa equipe exatamente disponibilizar as informações para que a gente possa tomar uma decisão”, afirmou Paranhos.
De acordo com o prefeito, no estudo realizado pela Infraero demonstra que em Cascavel existe a necessidade de um terminal de cargas para o modal aeroviário. “O estudo de viabilidade já existe, a Infraero já fez, está constatado que nós precisamos de um aeroporto de carga; nós temos a matéria-prima, temos a demanda, a necessidade. Estamos longe dos portos, temos problema de gargalos de transporte na nossa região e o aeroporto de carga é uma recomendação interessante.”
Caso o Codesc entenda que a proposta é viável, Paranhos informou que a Prefeitura deverá colocar o projeto em prática junto com a Infraero. “O Conselho tomando a decisão que é um bom investimento, nós vamos agora trazer aqui a Infraero para, junto com o Conselho, tomar essa decisão e a Prefeitura colocar em prática”, reforçou.
Entidades apoiam
Após o encontro, o presidente da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), Siro Canabarro, destacou que um modal aéreo simplificaria parte da logística, além de promover a própria expansão do aeroporto de Cascavel.
“Atualmente a gente tem uma demanda grande tanto de exportação quanto de produção e a gente depende unicamente do modal rodoviário. E a importância, hoje, é que o produto de Cascavel poderá chegar ao seu destino mais rápido pela parte de terminal de cargas. Sem contar que o terminal de carga dá uma nova estrutura para o nosso aeroporto. Ele eleva o nosso aeroporto, com ampliação de pista, ampliação de fingers; ele também ajuda no aeroporto da parte de passageiros tendo essa possibilidade de cargas.”
O presidente da Acic disse ainda que a Infraero é uma empresa pública e altamente capacitada. “Ela [Infraero] tem um fundo aeroportuário que pode alocar recursos, então vejo com bons olhos a Infraero”, completou Canabarro.
Já o vice-presidente do Codesc, Ricardo Lora, destacou que o papel do Codesc é promover o desenvolvimento de Cascavel e, um projeto desse porte, vai de encontro com os objetivos do Conselho. “O Conselho de Desenvolvimento tem como missão promover esse desenvolvimento de uma forma global. Então, tudo o que é trazido para nós através do prefeito, através de projetos novos que visam à melhoria da qualidade de vida em Cascavel, é o objetivo do Conselho de Desenvolvimento.” Segundo Lora, agora o Codesc irá apresentar o projeto para ser avaliado pelas Câmaras Técnicas. “A gente vai trazer para dentro das câmeras técnicas e que isso vai acontecer da melhor forma possível.”
Quem também acompanhou o encontro foi o Coordenador dos Conselhos Regionais da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Gilberto Bordin. Segundo ele, um terminal de cargas seria extremamente importante para o desenvolvimento industrial da região Oeste do Paraná.
Mais infraestrutura regional
O presidente da Agência de Inteligência e Fomento de Cascavel, Fernando Dillenburg, detalhou que, para a construção do terminal de cargas, seria necessária a ampliação da pista, instalação de equipamentos de ILS, que é o sistema de pouso por instrumentos, bem como a ampliação do terminal de passageiros e novas desapropriações na região do aeroporto.
Ele explicou ainda que um terminal de cargas no aeroporto traria melhores condições de infraestrutura e comércio para a cidade e região. “O que aumenta é a possibilidade de negociação de logística. Nós temos hoje uma ferrovia que precisa ser ampliada, nós temos rodovias que precisam ser duplicadas, mas que está no escopo de se fazer. Então, acabamos tendo mais um modal ferroviário, rodoviário e aéreo. Então, tudo aquilo que você acresce em capacidade de transporte logístico, você acrescenta não só para Cascavel, mas para toda a região.”