Cotidiano

Roman pede reabertura de estrada a Sarney Filho

Fechamento definitivo ocorreu há mais de 15 anos; prejuízos se acumulam

Capanema – O deputado federal Evandro Roman fez uma solicitação especial nesta semana ao ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho. O parlamentar pediu a reabertura da Estrada do Colono durante encontro da Frente Parlamentar da Agropecuária. Roman ressaltou a cobrança de uma demanda antiga e considerada vital às comunidades vizinhas ao Caminho do Colono, localizado entre as regiões Oeste e Sudoeste do Paraná. Os extremos são os municípios de Capanema e Serranópolis do Iguaçu.

A reunião abordou a questão ambiental para o setor agropecuário e focou em mostrar ao ministro que preservação e produção podem conviver harmonicamente no meio ambiente. Roman apontou a questão da reabertura da Estrada do Colono para que pudesse ter os mesmos critérios de parques americanos e australianos. Em 2001 houve o fechamento do parque por iniciativa do governo federal que se comprometeu junto às Nações Unidas a não permitir sua reabertura.

A Unesco, assim como decidiu no Parque Nacional Iguazu, na Argentina, entende que a comprovação da pré-existência de uma estrada no interior de uma área que se transforma em unidade de conservação autoriza a regular continuidade de sua utilização. Portanto, não há o fechamento definitivo. A questão está em discussão nos tribunais superiores, bem como no Congresso Nacional.

O fato que iniciou e deu suporte a decisões está associado com o conteúdo do Plano de Manejo do PNI, definido de forma isolada, arbitrária, e sem levar em consideração a opinião da população e os fatos históricos e culturais que concedem legitimidade ao Caminho do Colono, conforme Roman.

Duzentos quilômetros a mais

Com o fechamento da Estrada do Colono, que tem 17,6 quilômetros, aumentou a distância entre o Sudoeste e o Oeste em até 200 quilômetros e dificultou o acesso que ligaria as duas regiões. Segundo Evandro Roman há uma hipocrisia nisto tudo: “Pois a BR-277 cruza uma aldeia indígena e uma reserva para ir até Curitiba e se convive de forma normal com tudo isso”, afirma.

“O que queremos é uma reabertura responsável. Atualmente, a questão tecnológica de acompanhamento via satélite é muito diferente de 2001”. Apesar de inicialmente Sarney Filho já ter posicionamento contra a reabertura, o ministro quer que seja feito diálogo em relação a isso e garantiu que vai ficar em contato com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e com a nova presidente do Ibama para que seja possível reiniciar um diálogo.