Reportagem: Juliet Manfrin
Toledo – Um encontro com o diretor de infraestrutura rodoviária do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Euclides Bandeira de Souza Neto, em Brasília, nesta semana, trouxe esperança a líderes regionais quanto às obras de duplicação da BR-163 de Cascavel a Marmelândia e de Toledo a Marechal Cândido Rondon.
Segundo o deputado federal José Carlos Schiavinato, o encontro foi positivo e indicou que as obras talvez não parem. “O diretor nos disse que o ministro de Infraestrutura [Tarcísio Gomes de Freitas] está pessoalmente comprometido no andamento dos serviços, que é uma prioridade de governo concluir os trechos da BR-163. Por enquanto, o que nos foi dito é que não há recursos disponíveis no momento, mas podemos ter novidade nas próximas duas semanas com uma possível suplementação. Vamos acompanhar isso com o Ministério da Economia”, reforçou o parlamentar.
Segundo o deputado, os trechos são prioritários no entendimento do ministro e, diante dessas sinalizações, não serão necessárias outras intervenções políticas. O encontro ocorreu em nome de líderes regionais e da bancada paranaense no Congresso, que pretendia se reunir com o ministro.
O foco segue agora para o monitoramento das verbas para o orçamento ao próximo ano, que deve ocorrer no fim deste mês. Antes disso, reuniões da bancada também devem tratar do tema. Os deputados paranaenses pretendem fechar questão sobre emendas impositivas – aquelas que o governo é obrigado a pagar -, sendo parte delas com recursos aos trechos da 163 para o ano de 2020. “Nos foi assegurado ainda que será analisada a possibilidade de incluir ao menos parte dos recursos para no orçamento de 2020 e, conforme a economia reagir ano que vem, mais verbas poderão ser liberadas”, adianta.
Sobre a possibilidade de os trabalhos serem interrompidos nos dois trechos a partir deste mês, Schiavinato considerou que isso pode não ocorrer. Isso porque o ritmo dos serviços nos dois trechos já foi reduzido para que os trabalhos sigam até a definição da nova suplementação orçamentária.
Questionado se a única alternativa para as obras não pararem é a liberação de pelo menos mais R$ 30 milhões – R$ 12 milhões no trecho entre Cascavel e Marlemândia e R$ 18 milhões no trecho entre Toledo e Marechal -, o deputado disse que um valor bem menor já seria razoável para manter as atividades ao menos até novembro. “Se forem R$ 10 milhões já dá para tocar as obras por mais esse período”.
De certo, o que já se sabe, é que as duas estruturas, que deveriam ser inauguradas ano que vem, deverão ficar para 2021.