Medianeira – Contrariando a maioria, sete cidades da região Oeste estão entre as 500 melhores do País quando o assunto é educação. Pesquisa divulgada pela revista Exame semana passada, com dados do IOEB (Índice de Oportunidades da Educação Brasileira) elaborado pelo CLP (Centro de Liderança Pública), mostra que o desempenho desses municípios está acima da média nacional, de 4,5 pontos numa escala de 0 a 10.
A cidade da região melhor avaliada é Medianeira, que ocupa a 65ª colocação no ranking, com média de 5,4, 0,9 ponto acima da nota nacional. O índice leva em conta a qualidade da formação dos professores nas escolas, a média de hora aula por dia, a experiência dos diretores no cargo e o atendimento na rede de educação infantil.
Conforme o economista e professor da Unioeste em Toledo, Jandir Ferrera de Lima, entre as quatro dimensões avaliadas na pesquisa, a educação infantil é a que apresenta os melhores resultados.
“O melhor desempenho em educação infantil do Paraná está no Oeste, principalmente se avaliarmos os índices do Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica], superados a cada ano”, relata.
No entanto, os outros três quesitos ainda precisam ser acertados. Em relação ao cargo de diretor, Lima comenta sobre o método de escolha do profissional, que até então não se exige experiência.
“Para atuar na rede pública de ensino, o diretor precisa ter formação e ser contratado como professor da referida escola. Porém, não passa por critério de experiência no cargo, e isso pode gerar problemas”, diz ele.
Vaga garantida
Exemplo de incentivo à educação ocorre em Céu Azul, que na pesquisa atingiu média de 5,2 pontos, a quinta melhor da região. Para se chegar a esse resultado, segundo a secretária de Educação, Roseli Rosso Stadler, é preciso uma boa gestão e comprometimento com os serviços ofertados aos alunos.
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“As ações no município ocorrem de forma efetiva e tudo funciona de modo que a criança se desenvolva”.
O modelo aplicado à educação em Céu Azul deu tão certo que a UEM desenvolve um projeto de formação de professores dentro da necessidade do dia a dia das escolas.
Desafios ao setor
Apesar de a região ter algumas das cidades com melhor desempenho na educação em todo o País, ainda há muito a se fazer às futuras gerações. É para isso que a secretária de Serranópolis do Iguaçu, Maria Madalena Bertolini, trabalha.
O município está em 127º lugar no ranking nacional, e é o segundo da região com a melhor média, com 5,3 pontos. No entanto, o trajeto ainda é longo.
“Temos muito que caminhar ainda, pois não conseguimos atender crianças de até um ano no Centro Municipal de Educação Infantil Pequeno Artista, já que muitos moram no interior e os pais não têm como trazê-los até a escola”, lamenta.
Essas crianças, se matriculadas, começam a frequentar o berçário, que possui somente professores graduados, que participam todos os anos de capacitação. A meta é atender essa demanda até 2017, com a necessidade de construir mais salas de aula, visto que todo o mobiliário já foi adquirido pelo município.
