Cotidiano

Região Oeste registra maior número de desligamentos em 12 anos

Desde 2003, total de desligamentos não superava as admissões no acumulado do ano

Toledo – É a primeira vez em 12 anos que o Oeste apresenta saldo negativo no que se refere à geração de emprego no acumulado do ano. Conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em 2015 as demissões sobressaíram as contratações, e foram fechados 2.914 postos de trabalho em toda a região, o pior desempenho desde que o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) deu início à série histórica entre os municípios do Oeste, em 2003.

A região também teve um péssimo desempenho para o mês de dezembro, eliminando 3.215 vagas, resultado das 6.494 admissões menos as 9.709 demissões. No mês passado, o setor que mais demitiu foi a indústria da transformação.

Comparado a igual período do ano anterior, houve uma ligeira recuperação, no entanto não foi suficiente para manter postos em aberto. Em dezembro de 2014, o Oeste registrou 7.767 carteiras assinadas e encerrou 11.394 vagas formais, um saldo de -3.627 postos de trabalho.

Cascavel é novamente o município que mais demitiu em 2015. Somente em dezembro foram 1.464 vagas formais a menos no mercado. Os desligamentos nesse período chegaram a 4.195, superando as 2,7 mil colocações.

Toledo ocupa a segunda posição em relação ao fechamento de vagas. Em 12 meses, mais de 22 mil pessoas ficaram desempregadas. As 20.530 contratações não supriram à demanda que buscava uma oportunidade. Desta forma, o município fechou o ano com 1.479 postos a menos.

Foz do Iguaçu também exemplifica a dificuldade em manter vagas abertas em 2015. Na fronteira foram encerradas 921 vagas no ano, resultado das mais de 28 mil demissões ante as 27.153 admissões. Para dezembro, Foz eliminou 699 postos, com mais de 2,3 mil desligamentos.

Setores

O setor que mais encerrou a oferta de postos de trabalho formais na região foi o de serviços. A crise econômica enfrentada pelos brasileiros fez com que empresários cortassem despesas que até então tinham como essenciais ao segmento. A mão de obra neste caso foi penalizada fortemente, já que o setor foi responsável por 3.731 demissões no Oeste, e formalizou apenas 2.653 carteiras em dezembro, encerrando o ano com um saldo de – 1.078.

Seguindo o ritmo dos meses anteriores, a indústria da transformação, a construção civil e o comércio continuaram demitindo. Nenhum dos três setores manteve postos de trabalho no mês passado. Da indústria, foram eliminadas 831 vagas. Os outros dois segmentos analisados pelo Caged encerraram, respectivamente, 610 e 638 postos.

(Com informações de Marina Kessler)