
A mais perigosa seria a batata frita: aqueles que ingerem quatro ou mais porções dela por semana têm um risco 17% maior de ficarem hipertensos do que quem a consome menos de uma vez ao mês. Mas as versões cozidas, assadas e em purê também não ficam muito atrás, elevando em 11% o risco de desenvolver o problema.
O estudo foi realizado por cientistas do Hospital de Mulheres Brigham (BWH) e da Escola de Saúde Pública T.H. Chan, de Harvard. Foram incluídos na pesquisa 150.650 mulheres e 36.803 homens. Nenhum deles tinha pressão arterial elevada no início do estudo.
? Em nosso estudo obervacional, os participantes que não tinhm pressão arterial elevada no início do estudo e consumiram quatro ou mais porções por semana de batata (cozida, assada ou purê) tiveram mais tarde um maior risco de desenvolver hipertensão em comparação com aqueles que consumiam uma porção ou menos por mês ? disse a principal autora, Lea Borgi, médica da Divisão Renal do BWH. ? Além disso, descobrimos que, quando um participante substituía uma porção de batatas cozidas, assadas ou em purê por um vegetal, isso era associado a um menor risco de hipertensão.
BATATA CHIPS ‘A SALVO’
Os pesquisadores só não encontraram evidências de que chips de batata poderiam causar o problema. Então, pelo menos por enquanto, esta parece ser a forma mais “segura” de se ingerir o alimento sem afetar a pressão arterial.

? Levamos em conta todos os dados que estão disponíveis e fizemos os ajustes estatísticos relevantes. No entanto, como este é um estudo observacional, há sempre a possibilidade de que nossos resultados possam ser explicados por algo que não fomos capazes de considerar em nossa análise ? pondera Lea.
A pesquisa continuará sendo feita e se concentrará sobre a associação entre o consumo de batata e aumento do risco de doenças em geral, incluindo a hipertensão.