São Paulo – A questão ambiental é, na opinião do presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, o principal “perigo” que ameaça o Brasil. “No momento em que a sociedade se percebe frágil, a gente deve olhar para outros perigos. As consequências ambientais podem até vir de uma maneira mais lenta do que as da saúde como a covid-19, mas são mais duradouras e difíceis de reverter”, avaliou o executivo, durante debate no Ciab, feira de tecnologia bancária, promovida pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e que teve a sua primeira versão virtual.
O presidente do maior banco da América Latina, com quase R$ 2 trilhões em ativos totais, alertou para o aumento dos incêndios na Amazônia no início deste ano. “Estamos vendo neste início de ano incêndios 60% maiores do que foram no ano passado e nós precisamos enquanto sociedade nos mover contra isso”, disse ele, acrescentando que os bancos têm um “peso importantíssimo” no tema.
“Todo mundo falava de sustentabilidade, de problema com o Planeta, de aquecimento global, reflorestamento, derrubada, de qualidade do ar, da água. Todo mundo falava sobre isso, mas de fato nós temos de reconhecer que fizemos muito pouco em relação a isso”, observou o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari.