Foz do Iguaçu – O Comitê de Crise ao Enfrentamento à Covid em Foz do Iguaçu se reuniu ontem (1º), para tratar das novas medidas de contenção à doença após as confirmações da circulação da variante Ômicron no Brasil (mais informações na página 4). A principal medida foi o cancelamento do carnaval de rua em 2022 para evitar uma maior propagação do vírus. De acordo com o prefeito Chico Brasileiro, a medida segue a mesma linha de outros destinos turísticos do Brasil que também cancelaram o evento, como capitais do Nordeste, além de cidades em Minas Gerais e São Paulo.
“Mesmo sendo uma festa daqui a três meses, iniciaríamos agora as tratativas, negociações e planejamento para o carnaval do ano que vem. Portanto, não há como pensar em organizar agora, com um cenário incerto para essa variante. No momento, é necessário tomar essa medida”, afirmou o prefeito.
A secretária de Saúde de Foz do Iguaçu, Rosa Jeronymo, reforçou que o cancelamento é importante para a prevenção, mas que o atual momento segue com números positivos de combate ao vírus, como a redução da média móvel para menos de 8,7 casos diários e quase 100% da população completamente imunizada – com as duas doses da vacina.
“Os dados comprovam que o pior momento da pandemia já passou. O trabalho que reuniu esforços conjuntos continua firme, pois a função do comitê é analisar cada cenário e dar uma resposta à população. Apesar das liberações, não devemos deixar de reforçar a importância da manutenção dos cuidados, como uso de máscaras, distanciamento e uso do álcool em gel”, frisou Rosa.
Passaporte sanitário
A exigência do passaporte sanitário, que comprova a vacinação completa, também foi pauta da reunião. O comitê se reunirá com representantes dos sindicatos e associações do comércio, turismo, hotelaria e gastronomia para a construção de um termo para cidade e definição dos métodos de cobrança.
“Com essa exigência de comprovação não temos a intenção de reprimir a organização dos eventos, pelo contrário, trará mais segurança a quem participa, pois saberão que vão correr riscos no espaço. Queremos criar um ajuste que não prejudique ninguém, mas que seja efetivo durante esse período”, ressaltou Chico.
“Hoje temos vacinas disponíveis para todos, então essas pessoas que não se imunizaram poderão procurar nossas Unidades Básicas de Saúde e garantir a proteção. Para a vida voltar ao normal, a vacinação já se mostrou a ferramenta mais eficaz”, completou Rosa Jeronymo.
Fronteira
O prefeito disse que o mesmo documento poderá ser cobrado na Ponte da Amizade, após uma reunião com os gestores paraguaios nos próximos dias. “Nos preocupa muito o baixo índice de vacinação no Paraguai, então vamos articular com os governos vizinhos alguma forma de proteger ambos os lados e incentivar a vacinação. Vamos ver de perto o que está acontecendo e esperamos, também nesse caso, chegar a um acordo justo de parceria”, salientou Brasileiro.
Desde novembro, a UBS do Jardim Jupira é referência para a vacinação de brasileiros residentes fora do país e estrangeiros que precisam receber a primeira ou a segunda dose de vacina contra a Covid.
Arquivo/PMFI