Uma melhor estrutura para atender as famílias e também o público que realiza os exames de corpo de delito. Estas foram as principais reivindicações que os prefeitos da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) fizeram, na sexta-feira (28), ao diretor geral da Polícia Científica do Paraná, Luiz Rodrigo Grochocki, em reunião na sede da entidade, em Cascavel. Um ofício formalizando o pedido para construção da um IML (Instituto Médico Legal) Regional foi entregue a Grochocki.
O documento foi assinado por prefeitos de toda a região e teve a participação do deputado estadual, Oziel Luiz, e do deputado federal Elton Welter. De acordo com o presidente da Amop e prefeito de Toledo, Beto Lunitti, o encontro foi bastante positivo, já que os prefeitos puderam conhecer de forma detalhada o trabalho prestado pela Polícia Científica e aproveitar o espaço para explanar sobre a situação local, além de reforçar o pedido de mais médicos legistas para acelerar o processo de liberação de corpos.
Lunitti lembrou que tanto Toledo quanto Cascavel, são sede do Instituto, porém, há necessidade urgente de uma estrutura melhor, principalmente para separar o público que precisa fazer exame corpo de delito para um local adequado. “Todos que precisam fazer o exame tem que entrar pelo mesmo espaço, tanto mulheres e crianças quanto os criminosos, por isso, acreditamos que um IML que seja regional com mais estrutura, venha beneficiar a toda região”, salientou.
Como esse é um pedido de médio prazo, já que demanda de um processo licitatório e de verba, o ofício também solicita que sejam contratados mais médicos legistas para as duas cidades, o que agilizaria e muitos os processos e atendimentos de liberação. A estrutura do IML de Cascavel, por exemplo é de 1970. “Entendemos que é uma bandeira local que é importante ser representada pela a nossa entidade”, falou Lunitti.
“Tanque Balístico”
O diretor geral da Polícia Científica do Paraná, Luiz Rodrigo Grochocki, anunciou que Cascavel será a primeira cidade a receber um tanque balístico no Paraná. O Estado já recebeu o equipamento que realiza diagnóstico por imagem forense, que permite escanear o vestígio cadavérico, o que agiliza a aumenta a qualidade dos exames de medicina legal. “Estamos modernizando e ampliando com novos serviços”, disse.
Segundo Grochocki, cada instituto do estado atende um raio de 20 a 30 municípios e que os pedidos serão analisados. Ele anunciou ainda que está sendo firmado um convênio com a Polícia Federal para que eles possam compartilhar o uso de laboratórios multiusuários para análises de drogas. “São conquistas para a região que trazem mais agilidade e maior proteção para o cidadão”, salientou.
No início do ano passado a Polícia Cientifica do Paraná passou a integrar o Sinab (Sistema Nacional de Análises Balísticas), o primeiro estado do país a aderir o sistema. Com isso, o Laboratório de Balística Forense da Polícia Científica do Estado conta com um indexador balístico, para aumentar a capacidade de processamento de vestígios. O Sistema Nacional de Análises Balísticas foi criado em 2021 pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública com o objetivo de auxiliar as forças policiais na resolução de crimes cometidos com arma de fogo, por meio de apurações criminais federais, estaduais e distritais.
Além do sistema, também foi criado o Banco Nacional de Perfis Balísticos, importante recurso que receberá vestígios de crimes violentos cometidos com arma de fogo de todo o Brasil, ao qual o laboratório da Polícia Científica paranaense está vinculado.