
– Na hora em que ele esbarrou em mim pensei que fosse me assaltar. Você anda na rua preocupada com esse tipo de coisa. Jamais imagina que vai ser atacada com uma seringa. Já tinha visto essa história mas pensei que era boato. Ele (o suspeito) é uma pessoa doida, é revoltante. Ando muito apreensiva desde então – contou a jovem ao GLOBO.
Letícia fez um boletim de ocorrência, passou por exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) e foi encaminhada ao Instituto Emílio Ribas,especializado em doenças infectocontagiosas.
– A médica que me atendeu disse que a chance de eu ter sido infectada dessa forma é praticamente zero e isso me deixou mais tranquila. Mesmo assim, fui a uma clínica particular porque não quero pagar para ver, estou esperando os resultados dos exames.
A jovem disse que chegou a questionar o homem, um morador de rua, o que ele queria depois dos esbarrões. Muito assustado, ele fugiu. O suspeito foi preso no final de semana e o caso está sendo investigado pelo 78º DP, no Jardins, zona oeste da capital.
Na segunda-feira, Letícia e mais duas pessoas reconheceram o suspeito na delegacia. Segundo informações no local, é preciso que se aguarde o exame feito na seringa encontrada com o homem, e também das vítimas dos ataques para conhecer o conteúdo da substância que teria sido injetada nas pessoas.
– Tenho certeza de que com a repercussão do caso mais gente vai aparecer. Eu, por exemplo, não me liguei na hora. Só me dei conta do que tinha acontecido depois que vi o retrato falado dele – disse Letícia.