Rodando desde o início de agosto, os 15 ônibus elétricos que custaram R$ 43 milhões, continuam dando ainda mais gastos aos cofres públicos. Para poder abastecer os ônibus foi construído o Eletroterminal e uma Usina Fotovoltaica. No começo do mês, a Transitar liberou o valor de R$ 1,3 milhão para fazer a revisão dos veículos e nesta quarta-feira (18) foi publicado contrato de R$ 130 mil, desta vez para mudar as catracas internas de local.
Ocorre que, tanto a venda dos ônibus, quanto a revisão e agora a mudança das catracas são todas de uma mesma empresa: A Tevx Motors Group Ltda, com sede em São Paulo, representante oficial da chinesa Higer no Brasil, que produz os ônibus elétricos. Além disso, serão comprados mais quatro pares de catracas, para que novas alterações sejam feitas para novas rotas dos ônibus elétricos.
Testes
No começo de outubro a Transitar disse que realizou durante o mês de setembro uma fase de testes para avaliar a mudança das catracas de local dentro dos ônibus do transporte público e como o resultado foi positivo, a mudança seria feita em todos os veículos, mas apenas dois que fazem a rota Oeste/Nordeste receberam a mudança de posicionamento da catraca, que foi tirada da porta da frente para a porta de trás, onde a maioria costuma entrar nos terminais de transbordo.
De acordo com a presidente da Transitar, Larissa Boeing, desde que os ônibus começaram a rodar no dia 6 de agosto, a autarquia vem avaliando e monitorando a performance dos veículos e um projeto piloto com a alteração da posição de duas catracas foi muito bem avaliado, por isso, será levado aos outros. Ainda não existe um prazo definido para que a alteração seja feita.
“Como temos a condição de manutenção de garantia desses carros, existiu durante o período de agosto até dezembro uma discussão entre a fornecedora com potenciais em empresas credenciadas para a execução desse serviço. Como eles não lograram o êxito decidiram que então fariam diretamente o serviço e para que a gente possa então preservar a garantia desses carros, formalizamos essa contratação”, disse ela.
Catracas
Sobre as novas catracas a presidente explicou que existe a previsão de que quatro veículos elétricos circulem na Avenida Carlos Gomes, e neste caso, tem que ter uma catraca para atender os embarques do lado direito quando esses veículos trafegarem pela avenida. “Estamos finalizando essa avaliação que conseguiremos na prática então ter a garantia de que se funcionará ou não, mas já colocamos na contratação a possibilidade tanto do serviço de instalação como do fornecimento desses novos equipamentos”, frisou.
Boeing explicou que em função do próprio layout do veículo, que possui o piso totalmente baixo, a catraca para possibilitar tanto os acessos pela esquerda como pela direita do veículo, elas ficaram numa posição mais centralizada e, quando há o transbordo de um passageiro de um veículo de uma linha alimentadora para esses veículos das linhas troncais, onde o embarque ocorre obrigatoriamente pela porta traseira para não existir um novo registro na catraca, os passageiros têm um acesso mais restrito deste espaço, porque ele fica dividido.
Com a mudança, ela será otimizada e a catraca reposicionada e quando esse acesso ocorre nos terminais, todo o saguão do veículo fica disponível para esta utilização, alcançando uma utilização de uma maneira mais eficiente de todo o espaço que o veículo tem para os passageiros.
Sobre a contratação da mesma empresa para o serviço, ela disse que existia uma empresa autorizada na cidade, que inclusive tinha alterado duas catracas para um período de teste, mas a empresa não continuou com os trabalhos e foi preciso buscar outras empresas.
Revisão milionária
A reportagem do Jornal O Paraná divulgou no começo deste mês a publicação do contrato da autarquia de trânsito com a empresa Tevx Motors Group Ltda, no valor de R$ 1.385.715,00. Segundo a Transitar, como existe em andamento uma nova licitação para a administração do serviço do transporte público e apenas um contrato provisório com as empresas atuais – a Pioneira e a Capital do Oeste – a responsabilidade dos ônibus acaba sendo da Transitar que precisa então, fazer a manutenção dos veículos.
O contrato de prestação de serviços é de 12 meses e foi feito por meio de “inexigibilidade de licitação” que é quando o processo acontece quando há a impossibilidade de competição. Na especificação dos serviços estão indicadas as manutenções para os 15 veículos de 5 até 70 quilômetros rodados. Para se ter uma ideia, a manutenção dos 10 quilômetros vai custar o valor de R$ 181.480,00 para os 13 padrons, ou seja, o valor unitário de R$ 13.960,00. Já no caso dos articulados o valor sobe para R$ 19.800,00, total de R$ 39.600,00. Ao todo será pago R$ 221 mil somente na revisão dos 10 quilômetros.