A volta dos ônibus nas Ruas Paraná e Rio Grande do Sul, em Cascavel, esta semana, despertou a revolta do vereador Roberto Parra (MDB). Três meses depois do início das linhas exclusivas na Avenida Brasil, a Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) implantou as chamadas das linhas-expresso Nordeste/Oeste e Leste/Oeste, com paradas na Praça Wilson Joffre e em frente à Biblioteca Pública, retornando os ônibus às vias paralelas. A medida terá fase experimental de 90 dias.
“Gastamos milhões enterrando pedra na Avenida Brasil e agora os ônibus voltam à Paraná e à Rio Grande do Sul. Vamos ter que bater de cinto. Tiraram os abrigos e estão instalando-os novamente. Isso é inaceitável. Foi gastado muito para acontecer isso”, reclama Parra.
Para o vereador, que sempre defendeu a manutenção do transporte coletivo nas vias paralelas, “foi muito dinheiro jogado fora para simplesmente voltar ao passado”.
O desabafo de Parra foi seguido pelo vereador Misael Júnior (PSC), que cobra um posicionamento das empresas e da própria Cettrans em relação às medidas. “Em todo o mundo os ônibus são retirados das vias principais e levados para as vias secundárias. Em Cascavel ocorre o contrário. Precisamos rever essa discussão, inclusive a cobrança da passagem em dinheiro e não apenas o cartão magnético”, acrescentou.
Reportagem: Josimar Bagatoli