Links RiR LisboaLISBOA ? O primeiro dia da sétima edição lisboense do Rock in Rio parece ter atraído basicamente fãs da atração principal, o americano Bruce Springsteen, que sobe ao palco Mundo a partir das 23h45m (no horário de Brasília, 19h45m). Isso explicaria o pequeno público de quatro ou cinco centenas de pessoas assistiu à banda escalada para fechar o palco secundário. Os americanos do Black Lips despejaram sobre o público seu rock em que influências britânicas dos anos 1960 encontram o pós-punk, num show simpático, mas que não chegou a decolar.
Descontraídos no palco, o baixista e cantor Jared Swilley trocava o microfone por uma garrafa de cerveja entre uma música e outra, e o guitarrista Cole Alexander fumava enquanto tocava uma das músicas, depois de ter mandado condolências para as vítimas do voo da EgyptAir
A banda mostra que acompanha bem o noticiário. Após a apresentação, nos bastidores, Swilley falou ao GLOBO e quis saber sobre a situação política no Brasil:
? As coisas estão conturbadas no seu país, não? Afinal, houve um golpe de estado ou não?
Ao saber da divisão de opiniões que ocorre na sociedade brasileira, ele arriscou algumas opiniões.
? Os estudantes apoiam a presidente que foi tirada, não? Ela não é de linha socialista? Estudantes costumam apoiar bandeiras de esquerda. O que eu sempre digo é que precisamos ter cuidado e analisar os políticos por trás das bandeiras que empunham, porque a corrupção não é uma exclusividade da direita. Mas, de qualquer modo, não sei muito sobre a situação no Brasil. Nos Estados Unidos, o que acontece… ? entusiasmava-se ele ao ser interrompido pelo guitarrista da banda, Jack Hines, que o censurou por estar debatendo política.
Era de Trump que ele ia falar?
– Deixe pra lá. Não quero dar publicidade a esse homem. Ele não importa. É só um homenzinho – desconversou.
* Eduardo Fradkin viajou a convite da produção do Rock in Rio