Cotidiano

Morre Vadão, ex-técnico de Corinthians, São Paulo e da seleção brasileira feminina

Treinador tinha 63 anos e lutava contra o câncer

Morre Vadão, ex-técnico de Corinthians, São Paulo e da seleção brasileira feminina

O futebol brasileiro perdeu nesta segunda-feira (25) um dos grandes nomes do esporte. Oswaldo Fumeiro Alvarez, conhecido como Vadão, faleceu em São Paulo, aos 63 anos, às 12h50. Ele lutava desde o ano passado contra complicações relacionadas a um câncer no fígado, que atingiu também outros órgãos. O corpo dele será enterrado na cidade natal dele, Monte Azul Paulista.

O treinador foi diagnosticado com a doença quando era submetido a exames de rotina. Desde então, ele realizava tratamento, mas teve de ser internado no Hospital Albert Einstein no último dia 12 de maio. Oswaldo Alvarez deixa a esposa, Ana Alvarez, e dois filhos, Adriano e Carolina Alvarez, que fazia a parte de assessoria de imprensa do pai.

Quem foi Vadão
Vadão nasceu no dia 21 de agosto de 1956, na cidade de Monte Azul Paulista. Ele começou sua carreira como meia-esquerda nas categorias de base do Guarani e rodou por clubes como Noroeste, Catanduvense e Botafogo-SP. Formou-se em Educação Física e aceitou o convite para ser preparador físico da Portuguesa. Iniciou a carreira de treinador no Mogi Mirim por convite do histórico presidente Wilson Barros. Lá foi responsável por montar o famoso “Carrossel Caipira” no início dos anos 90, que usava esquema tático parecido ao da seleção holandesa, com troca de posições entre os jogadores, que revolucionou o futebol mundial em 1974 na Copa da Alemanha sob a batuta do meia Cruyff.
O técnico comandou Guarani, XV de Piracicaba, Athetico-PR, Corinthians, São Paulo, Ponte Preta, Bahia, Goiás, Sport, dentre muitos outros. Ele foi campeão do Torneio Rio São Paulo em 2001 pelo São Paulo com um time jovem e que tinha como destaque o então jovem meia Kaká.

Foi vice-campeão brasileiro da Série B em 2009 e vice do Paulista pelo Guarani em 2012. Ele teve cinco passagens pelo Brinco de Ouro, em um total de 204 jogos. É tratado com idolatria também pela arquirrival Ponte Preta, clube no qual dirigiu em quatro oportunidades.

Seu último trabalho foi na seleção brasileira feminina. Deixou o comando em meados do ano passado após a Copa do Mundo na França. Em suas duas passagens, Vadão conquistou duas Copas Américas (2014 e 2018), a medalha de ouro nos jogos Pan-Americanos de 2015, dois Torneios Internacionais, além de um quarto lugar nos Jogos Olímpicos do Brasil em 2016.